Dom Fernando Guimarães, Bispo Diocesano de Garanhuns, no exercício de sua responsabilidade pastoral, tendo em vista as próximas eleições políticas, recorda aos fieis católicos o seguinte:
1. A Igreja Católica valoriza a atividade política, enquanto exercício público em vista do bem comum da sociedade. Os poderes civis, constituídos pelo voto popular, têm a grave responsabilidade de se dedicar honestamente ao bom governo da sociedade, na harmonia, na justiça e no respeito pelos direitos de todos.
2. A Igreja Católica não tem candidatos próprios, nem recomenda qualquer candidato. Já o exercício do voto é um direito e um dever de cada cidadão, e este deve exerce-lo segundo a sua própria consciência.
3. Os católicos são convidados a cumprirem este seu dever cívico, com responsabilidade e critério. Para isso, devem analisar com atenção a pessoa de cada candidato, a sua honestidade e probidade pessoal e o seu programa de governo. Eventuais propostas de governo contrárias à lei natural, à moral e à doutrina católica devem ser critérios orientadores para se votar ou não em um candidato.
4. É ilegal e imoral vender o próprio voto, em troca de benefícios de qualquer espécie. Como é também imoral e ilegal a tentativa de comprar votos.
5. Os padres e religiosos não podem exercer atividade político-partidária nem se candidatar a cargos políticos. Os locais pertencentes à Igreja Católica não devem ser utilizados para eventos ligados à campanha eleitoral de qualquer partido ou coligação. Católicos leigos, com cargos de direção nas paróquias e movimentos, se forem entrar diretamente na campanha política, deverão renunciar aos seus cargos eclesiais durante a campanha.
6. Esta Nota seja lida nas Santas Missas dominicais dos dias 11 e 12 de agosto, e dos dias 22 e 23 de setembro de 2012, permanecendo afixada no quadro de aviso de todas as Paróquias nos meses de agosto e setembro.
Garanhuns, na sede da Cúria Diocesana, aos 1º de agosto de 2012.
Fernando Guimarães
Bispo Diocesano de Garanhuns
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