Docentes e técnicos federais do campus de Garanhuns do Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia de Pernambuco (IFPE) aderiram, na última quarta-feira (1°), à greve nacional da categoria, decretada há mais de um mês, no dia 13 de junho. Em razão da paralisação, as aulas que estavam marcadas para começar na próxima segunda-feira (6) foram canceladas. Neste momento, apenas um campus do IFPE não aderiu à greve, o do município de Afogados da Ingazeira, no Sertão do estado.
No entanto, de acordo com o presidente do Sindicato Nacional dos Servidores Federais de Educação Básica, Profissional e Tecnológica de Pernambuco (Sinasefe-PE), José Carlos de Souza, a situação de Afogados da Ingazeira pode mudar: “Fechamos o campus de Garanhuns e, na próxima semana, devemos ir para Afogados, para mostrar aos professores e técnicos as nossas reivindicações”. Ele comentou ainda que a categoria segue paralisada até que receba uma outra proposta do governo: “Estamos aguardando uma proposta digna, que possa ser negociada com a categoria”.
Recentemente, o Governo Federal propôs um reajuste que varia entre 25% até 45%, dependendo do nível em que se encontra o professor (caso possua mestrado e doutorado, por exemplo, o reajuste é maior). A proposta foi recusada pela maioria dos servidores em greve --e parte deles chegou a alegar que o documento estaria repleto de falhas. Uma nova rodada de negociação estava marcada para esta quarta-feira (1°), mas foi adiada.
Entre as suas reivindicações, os servidores do IFPE pedem reestruturação de carreira, reajuste salarial de 22,8%, melhores condições de trabalho e jornada de 30 horas semanais. Os servidores chegaram a fazer uma greve de quase quatro meses em 2011, mas não conseguiram chegar a uma negociação com o governo, e a paralisação foi encerrada.
A categoria dos docentes defende a carreira única com incorporação de gratificações em 13 níveis remuneratórios, variação de 5% entre níveis a partir do piso para regime de 20 horas correspondente ao salário mínimo do Dieese (hoje calculado em R$ 2.329,35), e percentuais de acréscimo relativos à titulação e ao regime de trabalho.
De acordo com a assessoria de imprensa do IFPE, 20 mil alunos estudam nos dez campi da instituição, incluindo os de Ensino à Distância (EAD). Em Pernambuco, além do IFPE, a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), a Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) e a Universidade do Vale do São Francisco (Univasf) estão em greve desde maio.
Do G1
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