Terminou na noite desta terça-feira (23), em Garanhuns, Agreste, o julgamento do veterinário Eurico Jorge Branco Monteiro, 43. Ele foi condenado a 45 anos de cadeia pelo assassinato do seu irmão, Clóvis Alves Monteiro Filho, e da sua cunhada, Lúcia Helena Rezende Bezerra. O crime aconteceu no dia 13 de fevereiro de 2004, em Garanhuns, Agreste do Estado, na residência do casal. Na época, o caso teve repercussão nacional.
Depois de passar algum tempo preso, o acusado aguardava o julgamento em liberdade e hoje não compareceu ao fórum. Logo após o término do julgamento, a polícia seguiu para uma fazenda, em Garanhuns, onde reside a mãe de Eurico, na tentativa de capturá-lo, mas o veterinário não estava no local. Durante o julgamento, o advogado de defesa do condenado afirmou que o seu cliente deverá se apresentar à polícia nesta quarta-feira (24). Ele será encaminhado ao Presídio Advogado Brito Alves, em Arcoverde, Sertão.
“A Justiça foi feita em Garanhuns. Essa página virou na minha vida e virou com brilho. A dor ainda é grande pela perda da minha filha. Não posso dizer que estou feliz, mas estou conformada”, comemorou Sandra Rezende, mãe de Lúcia Helena.
De acordo com as investigações, no dia do crime, por volta das 7h30, o veterinário teria entrado armado na residência do casal, no Bairro Heliópolis, e atirado duas vezes contra Clóvis Alves, na época com 32 anos. Clóvis foi atingido na cabeça e no pescoço e morreu no local.
Depois, o acusado teria assassinado também a sua cunhada, a enfermeira Lúcia Helena. Ela foi atingida no pescoço, na cabeça e nas pernas e ainda foi levada a um hospital da cidade, mas não resistiu aos ferimentos.
A principal testemunha do crime foi uma babá, que, ao ouvir os primeiros disparos, se trancou em um quarto da casa com o filho do casal, na época com apenas dois anos. Um pedreiro que fazia obras na residência do casal também teria visto o acusado no local.
O duplo homicídio teria sido motivado por uma briga na disputa pela partilha dos bens da família, após a morte do fazendeiro Clóvis Alves Monteiro, pai da vítima e do acusado. Eurico Jorge teria se sentido discriminado pelos parentes.
JC online
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