Gigante no nome e na história. Símbolo de uma das torcidas mais apaixonadas do interior do estado. Principal espectador de pelo menos 16 participações do time do Sete de Setembro na elite do Campeonato Pernambucano nos últimos anos. Este é o Gigante do Agreste, casa da equipe alviverde, que está por um fio.
Fundado em 7 de setembro de 1950, o Sete já foi um dos maiores orgulhos de Garanhuns. Depois da consolidação entre os melhores clubes do estado, chegou a crise. Foi sumindo e entrando na UTI do futebol. Afundado em dívidas e acumulando insucessos nos últimos anos, o Lobo Guará já não uiva tão alto e os reflexos podem ser vistos muito além das quatro linhas. Além da eliminação precoce na segunda divisão do estadual deste ano, seu maior patrimônio, o Estádio Gigante do Agreste, pode ser a próxima vítima da falta de apoio local e de condições financeiras para suprir os inúmeros gastos.
Nessa quarta (6), um leilão quase pôs fim a uma tradição de mais de 60 anos. Ficou no quase. Ninguém confirmou interesse em pagar os R$16 milhões anunciados pelo leiloeiro oficial. Uma sobrevida que tem data marcada para ter fim: dia 20 de novembro. Um último suspiro que só ganha uma nova história se forem pagos os R$13.837,00 de um débito adquirido em 2006. A dívida é com o INSS e pendências fiscais com a União. Com o prazo se aproximando, a quantia parece uma montanha interminável e impossível de se derrubar.
Com tantas dificuldades, não é só o próprio clube que sofre. Mesmo em pequenas proporções, a torcida, que aprendeu a torcer por uma equipe local, vai precisar viajar quando quiser acompanhar as partidas. Se leiloado no fim de novembro, o estádio não vai mais receber o alviverde e o clube vai precisar encontrar outra saída. Quanto a isso, ainda há tempo. O Sete só deverá entrar em campo em competições oficiais no segundo semestre de 2014, após a Copa do Mundo, pela Série A2 do Pernambucano. Até lá, o único sentimento que resta à torcida é a esperança.
G1
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