Um maqueiro foi detido na manhã desta terça-feira (1º) após abusar sexualmente de um paciente no Hospital da Restauração, no bairro do Derby, área central do Recife. A vítima do assédio é um adolescente de 17 anos que havia sofrido um acidente de moto. Em entrevista à Rádio Jornal, o jovem disse que deu um soco no rosto do maqueiro, quando percebeu este fazendo sexo oral nele. O Hospital da Restauração comunicou a decisão de devolver o profissional à empresa terceirizada Soservi.
"Ele ficou passeando comigo pra lá e pra cá. De repente, ele abriu meu zíper e me acariciou. Eu tentei falar com uma senhora que estava ao meu lado, mas ela nem quis saber. Quando minha mãe chegou, eu falei para ela. Depois que minha mãe saiu de perto, ele veio de novo e eu dei um murro na cara dele", narrou o jovem, que estava sobre a maca, no setor de emergência da Restauração.
O maqueiro negou a história contada pelo adolescente, dizendo que o paciente teve um surto. "Eu chamei o paciente para ir fazer o exame. Como ele estava desacordado, eu o chamei. O rapaz já se acordou gritando: 'eu quero minha mãe, eu quero um espelho', e ficou repetindo isso sem parar", contou o acusado.
Além de explicar o caso, o maqueiro se defendeu, dizendo que trabalha no HR há 24 anos e que nunca foi acusado de algo assim. Sobre a acusação de sexo oral, ele negou que tenha havido, se limitando a dar sua versão.
Segundo testemunhas, o suspeito agarrou o adolescente e só soltou quando ele o agrediu. O maqueiro foi detido pelos policiais do posto policial do HR e será encaminhado para a Delegacia da Criança e do Adolescente (DPCA). O caso ficou sob a responsabilidade do delegado Ademir Soares, que realizou algumas diligências no prédio do HR, a fim de interrogar pessoas em para construir uma versão da história.
Veja a nota do HR na íntegra:
A gerência administrativa do Hospital da Restauração, no uso de suas atribuições, decidiu devolver o maqueiro à empresa prestadora de serviços Soservi, em função de um suposto caso de abuso sexual praticado pelo mesmo a um menor internado no hospital. Ao mesmo tempo se coloca à disposição da polícia judiciária para colaborar com as investigações.
JC Online
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