terça-feira, 26 de agosto de 2014

Mercado de moda precisa ser mais ousado em Pernambuco, diz especialista

Larissa Maçães 

Polo de Confecções do Agreste registra um posicionamento mercadológico muito importante hoje em dia para o estado. Relatório apresentado ano passado, o novo Estudo Econômico do Arranjo Produtivo Local do Polo de Confecções do Agreste de Pernambuco-2012, revelou um novo mapeamento em que se destaca a existência de mais de 18 mil unidades produtivas em que são produzidas no Polo de Confecções cerca de 842,5 milhões de peças/ano. Apesar do expressivo volume, é necessário focar nas potencialidades da região de forma estratégica para obter a visibilidade nacional que lhe é merecido, aponta a especialista pernambucana Larissa Maçães da Adatto Fashion Business/ TNVG.

Especialmente diante da tendência da moda sustentável que tem conquistado muitos criadores fashions brasileiros, como as paulistas Vanessa Montoro e Flávia Aranha e a baiana Márcia Ganem. “É preciso lembrar que não se faz nada sustentável sem ter uma visão de negócio. Moda é uma expressão do povo de uma época, mas como modelo de negócio ele tem que se desenvolver, especialmente em Pernambuco, em que há tantos diferenciais para ser conferido e comprado pelo mundo. Não se tem desenvolvimento, modelagem nas fábricas que acabam ficando limitadas no que já está lançado no mercado. Não há como finalizar uma coleção própria com sua identidade”, destaca a consultora, que é a única brasileira com expertise em estilo e imagem pelo instituto britânico ColourMe.


Este novo conceito que permeia em muito a proposta desses estilistas que andam se projetando no cenário nacional e local não são uma investida à toa, afinal, estamos falando de uma tendência pautada por uma geração mais consciente pela necessidade do país em preservar sua biodiversidade. E por isto, este moderno movimento anda ocupando as passarelas e as ruas, mostrando que isto é antes de tudo uma questão de comportamento e reflexo de personalidade. Mas, no que diz respeito à negócio para o mercado fashion, é preciso avançar em alguns quesitos segundo a especialista pernambucana, radicada em São Paulo há mais de 10 anos.  

Para ela, Marigá em Londrina, por exemplo, é o principal de jeans produzindo e vendendo 250 mil calças jeans por ano, pois trabalha com o desenvolvimento de produtos seguindo o caminho mais certo para se manter no mercado.  Antes de chegar em São Pão, a moda passa por Arcoverde, mas falta colocar marca e essência na produção local, assim como o valor agregado ao produto quando ele sai daqui de Pernambuco. “É preciso pensar o que será dos próximos 5 anos para desenvolvimento do  negócio, planejar-se para lá. O governo pode e tem que ajudar sim no processo, mas também precisa-se que os empreendedores façam sua parte. Eu fico esperando que o governo faça, pego o dinheiro para investir agora, e não tenho uma cobertura por que não fiz um planejamento a longo e médio prazo”, ressalta a especialista em Varejo de moda, que já atuou na Riachuelo.

Assessoria

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