Rafael Tomaiozi, 26, que morava em um dos apartamentos atingidos por destroços do avião que matou Campos, diz desconfiar da oferta de acordo extrajudicial |
Em troca do acordo, os afetados pela tragédia deverão abrir mão do direito de processarem os arrendatários. A situação legal do avião está sendo investigada pela Polícia Federal.
Neste sábado (13), o acidente que matou ex-governador de Pernambuco completa um mês. Além de Campos, outras seis pessoas, entre assessores e tripulação, morreram.
O avião caiu no terreno de uma casa no bairro Boqueirão, área residencial de Santos. Destroços da aeronave atingiram uma academia, casas e apartamentos. Algumas construções ainda estão interditadas.
Sobre as denúncias envolvendo o uso de empresas-fantasma na negociação do avião, o advogado negou qualquer irregularidade. "O que existem são denúncias na mídia", disse.
"Conversei com algumas pessoas diretamente. Com outras, falei apenas por meio dos seus advogados, mas acredito que já contatamos a maioria dos atingidos", diz Júnior.
Júnior disse que pediu aos afetados que fizessem uma relação dos danos causados pelo acidente e que os empresários Lyra e Vieira estariam dispostos a pagar o valor "justo" pelos prejuízos.
O advogado afirmou ainda não foram feitas propostas financeiras aos afetados pelo acidente, mas indicou que a ideia é evitar que o caso chegue à Justiça.
"Não tem sentido fazer acordo e ir para à Justiça. O objetivo do acordo é resolver extrajudicialmente. Nossa intenção é resolver isso com a maior brevidade possível sem ter que submeter os atingidos ao calvário do judiciário", disse o advogado.
O estudante e sushiman Rafael Tomaiozi, 26, que morava em um dos apartamentos atingidos por destroços do avião, disse estar desconfiado da iniciativa dos advogados.
"Conversei com um amigo que me disse que se a gente topar esse acordo, a gente perde o direito de processar os responsáveis. Acho isso muito estranho. Em todo caso, agora temos um advogado e eles vão ter que resolver isso entre eles", afirmou.
Uol
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