O presidente nacional do PSB, Roberto Amaral , divulgou neste sábado (12) em sua página na internet carta em que afirma que o partido ‘traiu luta de Campos’ ao apoiar Aécio e que a sigla “jogou no lixo” o legado de seus fundadores. No texto, ele defende apoio à reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT), que, segundo ele, é a “única” alternativa para a esquerda.
O texto foi divulgado quatro dias após a executiva nacional do partido aprovar o apoio formal da sigla à candidatura de Aécio Neves, do PSDB. O partido ficou dividido sobre quem apoiar no segundo turno após a saída da candidata Marina Silva da corrida eleitoral. No último domingo, Marina foi a terceira mais votada para presidente da República, com 22.176.619 votos (21,32%). Dilma obteve 43.267.668 votos (41,59%) e o tucano, 34.897.211 (33,55%).
Em texto intitulado “Mensagem aos militantes do PSB e ao povo brasileiro”, Amaral critica o apoio do partido a Aécio. “Ao aliar-se à candidatura Aécio Neves, o PSB traiu a luta de Eduardo Campos, encampada após sua morte por Marina Silva, no sentido de enriquecer o debate programático pondo em xeque a nociva e artificial polarização entre PT e PSDB”, declara.
"O bloco que hoje controla o partido [...] renega compromissos programáticos e estatutários, suspende o debate sobre o futuro do Brasil, joga no lixo o legado de seus fundadores – entre os quais me incluo – e menospreza o árduo esforço de construção de uma resistência de esquerda, socialista e democrática”, diz Amaral.
No texto, ele destaca ter votado junto à executiva nacional do partido pela liberação dos militantes nas votações do segundo turno. No entanto, ele deixa clara a defesa à candidatura de Dilma Rousseff.
“Sinto-me livre para lutar pelo Brasil com o qual os brasileiros sonhamos, convencido de que o apoio à reeleição da presidente Dilma Rousseff é, neste momento, a única alternativa para a esquerda socialista e democrática”, informou na carta.
“Sem declinar das nossas diferenças, que nos colocaram em campanhas distintas no primeiro turno, o apoio a Dilma representa mais avanços e menos retrocessos, ou seja, é, nas atuais circunstâncias, a que mais contribui na direção do resgate de dívidas históricas com seu próprio povo, como também de sua inserção tão autônoma quanto possível no cenário global”, completa.
G1
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