Aparelho será periciado para verificar a capacidade de transmitir e receber informaçõesFoto: Sérgio Bernardo/JC Imagem |
Um homem de 35 anos, técnico de enfermagem, foi preso, na tarde desse domingo (2), tentando fraudar o concurso da Secretaria Estadual de Saúde. Ele tentava ser aprovado no certame para a mesma função. Ele usava um ponto eletrônico para transmissão de informações. Fiscais que aplicavam a prova perceberam que ele estava com um aparelho no ouvido e perguntaram se ele era deficiente auditivo. O suspeito não soube responder e foi levado pelos fiscais para uma sala reservada. Lá, confessou o crime.
No entanto, o aparelho usado no ouvido não foi encontrado. Suspeita-se que o candidato o tenha jogado fora depois de ter sido abordado pelo fiscal ou até mesmo engolido. Após ser submetido a um detector de metais, foi encontrado na carteira do suspeito um outro aparelho com quatro pilhas e uma placa eletrônica. Ele prestava prova na Escola Técnica Irmã Dulce, no bairro de Santo Amaro, área central do Recife.
“Vamos investigar se há uma outra pessoa envolvida no crime, para quem ele passava as informações da prova”, disse o delegado Ademir de Oliveira, da Central de Flagrantes da Polícia Civil, onde o suspeito foi autuado. Segundo o delegado, o crime de fraude de concurso público está previsto no Código Penal, com pena que varia de um a quatro anos de detenção. Devido à baixa penalidade, também cabe fiança. O delegado fixou o pagamento no valor de R$ 1 mil, que foi efetivado por familiares. O suspeito foi liberado.
“Ele poderá responder em liberdade. Checamos a ficha dele e não possui antecedentes criminais”, acrescentou. Breno concluiu toda a prova. O caderno de respostas e a folha de gabarito respondida por ele foram apreendidas.
O delegado informou, ainda, que o aparelho encontrado com o suspeito será encaminhado para o Instituto de Criminalística para ser periciado. “É preciso ver a capacidade desse aparelho de transmitir e receber informações. Se ele possui uma câmera que passava as questões para outra pessoa ou se a comunicação era feita através de voz, falando baixinho”, completou.
NE 10/JC
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