Montagem mostra saia usada pela advogada Ana Carolina Borges no Fórum de Barueri (SP) |
A advogada Ana Carolina Borges, 27 anos, relatou que foi até Barueri para distribuir uma ação trabalhista em 1º de dezembro quando foi barrada pelo segurança. Depois de argumentar com o profissional, ela acabou entrando no local. "Ele alegou que a roupa não era condizente com o padrão da comarca e me mostrou essa determinação. Argumentei, mas ele não cedeu e eu acabei entrando sem autorização", disse.
Sete dias depois, ela teve que voltar ao local, onde foi novamente barrada. "Mas aí gravei a conversa e fiz as imagens, inclusive da norma. Nesse dia, tive a entrada autorizada, mas resolvi comunicar a diretoria da OAB de Bauru", disse.
Para a advogada, ser barrada ao trabalhar representa uma situação absurda. "É um absurdo o Estado querer impor o que iremos vestir. Eu ainda tive que ouvir que me exponho por aí, que eu não ando com roupas condizentes. Mas o que é condizente, quem determina isso?", pergunta.
O presidente da OAB de Bauru, Alessandro Cunha Carvalho, informou que ainda não tomou ciência do comunicado, mas que, ao fazê-lo, irá definir, em conjunto com sua diretoria, quais medidas irá tomar. "Mas certamente iremos atuar para impedir que advogados sejam barrados ao executarem seu trabalho", informou ele. Carvalho também afirmou desconhecer que outros advogados tenham sido barrados no Estado de São Paulo. "Me parece que é um caso único no Estado. Eu, pelo menos, não tive conhecimento de outras ações similares", informou
UOL
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