Protesto dos aprovados da PC: causa justa |
Semana passada, Paulo Câmara, dois dias após tomar posse, anunciou novas medidas de combate e redução dos índices de violência no estado. O Pacto Pela Vida, que contribuiu durante sete anos com uma diminuição significativa no número de assassinatos e outros crimes letais, ano passado não funcionou e a criminalidade avançou a passos largos sobretudo na capital.
Entre as ações anunciadas pelo governador, estão a abertura de concursos públicos para as Polícias Civil e Militar, entretanto, o Sinpol e o Ministério Público de Pernambuco querem explicações do Governo do Estado acerca da não convocação de 700 agentes e 70 escrivães aprovados no último concurso. A última homologação parcial do certame data do final de fevereiro de 2013, portanto, a validade se expira dia 28 do próximo mês, período em que o governador prometeu anunciar o novo concurso. "Fizemos o concurso. Estamos esperando na reserva há anos. Já cumprimos todas as etapas, só falta a formação, mas agora Paulo Câmara diz que vai abrir novo concurso. Por que ele não chama os aprovados? Se não formos chamados até o dia 28/02/15, que é quando termina a validade, perderemos nosso direito. Eduardo Campos fez muitas promessas, mas nunca nos convocou. Agora entra o novo governador que conhece nossa luta e nos ignora. Muita injustiça", desabafou um dos aprovados no último concurso, residente em Garanhuns.
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Uma audiência marcada para o dia 16 de janeiro foi convocada pelo Ministério Público de Pernambuco a pedido do Sinpol para que o Governo dê explicações sobre o porquê da não convocação dos aprovados no último concurso. Dela devem participar, além de representantes dos aprovados, o Sinpol, a chefia da Polícia Civil, representantes da secretaria de Defesa Social e da secretaria de Administração.
De acordo com um estudo, o deficit de policiais civis em Pernambuco é de cerca de 4.300 profissionais. Mesmo com a convocação dos aprovados do último concurso e a abertura de um novo certame, previsto para o final de fevereiro, ainda assim não se preencheria as reais necessidades de efetivo da Polícia Civil. Para o presidente do Sinpol, Áureo Cisneiros, a forma mais célere de resolver a falta de efetivo na PC é a imediata convocação desses já aprovados, para só então abrir novo concurso.
Eduardo Campos foi solidário ao pleito dos aprovados, mas a simpatia com a causa ficou só na promessa |
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