Rogério Inácio da Silva |
A família do caminhoneiro mineiro que foi encontrado morto na Zona Rural de Garanhuns, no começo da semana, reconheceu como sendo dele o cadáver, mas, ainda não tem informações sobre as circunstâncias do crime. O irmão de Rogério Inácio da Silva, 57 anos, esteve no Instituto de Medicina Legal, no Recife, nesta terça-feira (20), para o reconhecimento e liberação do corpo dele.
“Até agora [os investigadores] não passaram nada pra gente, não tem nenhuma informação. A gente não sabe se houve uma desavença de trajeto, se alguém fechou ele no trânsito, se alguém tentou roubar mesmo a carga ou uma outra coisa qualquer. A polícia não passou nada, a gente tá sem saber o que aconteceu”, contou o técnico em mecânica Reginaldo Inácio da Silva.
O último contato de Rogério com a família foi feito quando o caminhoneiro estava em um posto fiscal. “Foi terça-feira da semana passada. Ele se comunicou com a esposa, dizendo que estava no posto fiscal para fazer o pagamento dos impostos da carga que ele iria entrar no estado de Pernambuco”, lembra Reginaldo.
A suspeita é que o caminhoneiro tenha desaparecido enquanto fazia entregas pelo interior do estado. No dia seguinte ao último contato dele com a família, foram iniciadas as buscas, que duraram seis dias. A família espalhou vários cartazes com a foto de Rogério Inácio. O corpo foi encontrado na Zona Rural de Garanhuns e o caminhão foi localizado com a cabine incendiada na Zona Rural de Venturosa, ambas cidades do Agreste.
De acordo com a polícia, a carga foi roubada, o que reforça a possibilidade de latrocínio. Os parentes da vítima informaram que ele transportava material de limpeza e de construção. As entregas seriam feitas em cidades do Agreste.
“As fotos [do corpo] chegaram no domingo e na segunda-feira a gente já identificou o meu irmão e também os objetos que estavam na cena do crime. As fotos apresentavam uma cor bem diferente da dele, mas entende-se que ele ficou muito tempo no sol, jogado lá. Estamos esperando a confirmação do IML, que eles vão definir através das digitais”, diz o irmão.
Reginaldo Inácio da Silva também fez uma crítica ao atendimento da Polícia Civil. “A gente fica imaginando quem não tem pessoas para ajudar, não tem conhecimento. Eu entrei na delegacia e falei que queria registrar uma ocorrência de furto de caminhão. Aí o atendente me perguntou: ‘Foi furto mesmo, você tem certeza? Porque se você não tem certeza e nós formos procurar o veículo com uma ação de furto e ele não tiver sido furtado, você pode responder a um processo’. A gente fica bem chateado com essa situação”, comentou.
O corpo de Rogério Inácio da Silva vai ser levado pela família para Belo Horizonte, onde o caminhoneiro será enterrado.
ENTENDA O CASO
Um cadáver ainda não identificado de um homem entre aproximadamente 55 e 60 anos foi encontrado na manhã desde domingo às margens da BR-423 no sítio mimosinho próximo a fazenda Fojos, zona rural de Garanhuns. Segundo a Polícia Civil, o corpo não apresentava perfurações, mas há sinais de que a vítima pode ter morrido em consequência de uma briga atingido por pancadas na cabeça. O IML em Caruaru foi acionado fez a remoção para sua sede afim de realizar a necropsia e possível identificação do corpo que estava sem a bermuda
Do G1 PE
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