Movimento 'Estado de Direito' pede impeachment da presidente Dilma em ato no Recife (Foto: Katherine Coutinho / G1) |
Às 10h30, a caminhada começou. Os primeiros manifestantes chegaram ao ponto final do ato, no Segundo Jardim, pouco antes do meio-dia e cerca de meia hora depois o protesto tinha terminado. A Polícia Militar não registrou nenhuma ocorrência durante o ato.
Os integrantes do "Vem para a Rua" trouxeram faixas, narizes de palhaço, cartazes e um boneco gigante representando um juiz, em alusão ao julgamento do processo da Lava Jato. "Nosso protesto hoje é contra a corrupção, a favor da ética na política e pela apuração dos crimes da Lava Jato, com punição dos culpados, independente de partido", diz um dos integrantes do Vem Pra Rua no Recife. Ele não quis se identificar para a reportagem do G1.
O estudante de história Diego Lajedo faz parte do movimento Estado de Direito, um dos que convocou na internet o evento desta manhã. "A gente pede exclusivamente o impeachment da presidente Dilma. Acreditamos que seja possível, através do depoimento do doleiro Albert Youssef. Ela no mínimo incorreu em crime de omissão, ou seja, crime contra a administração pública. E também o crime de responsabilidade, por não indiciar as empreiteiras na lei anticorrupção, fora a compra [da refinaria] de Pasadena [EUA]", afirma Diego.
A professora aposentada Elze Rebelo afirma que veio para a manifestação por estar cansada da corrupção. "Estou aqui por causa da falta de ética, da corrupção. As pessoas precisam lembrar que dinheiro público é dinheiro do povo", afirma Elze, que se uniu ao movimento Vem Pra Rua para o ato deste domingo.
O administrador de empresas Hugo Lins, que apoia o movimento “Vem pra rua”, estava vendendo camisetas “Basta” na concentração do ato no Recife. Cada uma custa R$ 15. “É uma forma de ajudar a financiar o movimento. Tem os narizes de palhaço, ambulância, médico, aluguel de trio...”.
O empresário Fernando Caldas, lider do movimento Resgata Brasil, defende a importância da investigação da operação Lava Jato. "A operação é o instrumento legal jurídico para poder pedir o impeachment. Temos um projeto de educação política no Resgata Brasil. O brasileito não tem educação política e acaba sendo enganado por marketing", diz.
O deputado federal Jarbas Vasconcelos (PMDB) está na manifestação. "O Brasil nunca viveu uma situação como essa. Acho que as pessoas têm que vir para a rua mesmo protestar assim, de forma pacífica. Eu mesmo não proponho o impeachment. Isso é algo que tem que vir de fora para dentro. Collor começou nas ruas", afirma Vasconcelos.
O movimento Heróis de 1817 é outro que participa do ato deste domingo. O nome do grupo faz alusão à Revolução Pernambucana, que defendia a independência. "Estamos aqui contra os roubos, contra a corrupção e a violência. Não cabe a nós, como maçons, pedir impeachment. Queremos apenas o fim desses roubos descarados", diz Adeíldo Penha, líder do movimento.
Na concentração, vários manifestantes carregaram cartazes e havia caixas de som que tocam músicas pedindo o impeachment. O saxofonista Roberto Silva tocou o hino nacional e também o hino de Pernambuco. Quando o sinal fechava, os manifestantes ocupavam a faixa de pedestres. Ouvem-se gritos de 'Fora Dilma'.
Além das equipes da CTTU, soldados do 19º batalhão da Polícia Militar também trabalharam durante a manifestação. Um bloqueio foi montado na altura da Avenida Antônio Falcão, desviando o trânsito do bairro de Boa Viagem. Os carros seguiam pela Antônio Falcão somente até acessar a Conselheiro Aguiar. Os veículos também foram desviados pela contramão, na Rua Padre Bernardino Pessoa.
G1 PE
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