Manifestação em São Paulo |
Pelo menos 28 mil pessoas -- 22,3 mil à tarde e 5.900 pela manhã-- participaram da série de manifestações, em 23 Estados e no DF, em favor da Petrobras e da presidente Dilma Rousseff ocorridas nesta sexta-feira (13). Os números são das polícias militares estaduais. Os atos foram programados por entidades sindicais que também trouxeram suas reivindicações ao governo federal.
De acordo com as estimativas dos organizadores dos eventos, pelo menos 120 mil participantes --113 mil à tarde e 7,4 mil pela manhã-- foram às ruas durante o dia. No entanto, nem todos os atos divulgaram a quantidade de seus respectivos participantes.
Pela manhã, os eventos aconteceram em 13 Estados; nesta tarde, em outros 16 Estados e DF, sendo que seis deles --SP, MG, MA, RJ, BA e PR-- tiveram atos nos dois turnos.
Em São Paulo, a Polícia Militar informou, pela sua conta no Twitter, que 12 mil pessoas participaram do evento, enquanto a CUT (Central Única dos Trabalhadores) fala em 100 mil. Já o instituto Datafolha calculou que havia cerca de 41 mil pessoas no ato paulista.
Manifestantes da CUT interditaram os dois sentidos da avenida Paulista. Eles estavam concentrados em frente ao prédio da Petrobras desde o começo da tarde. O grupo desceu a rua da Consolação e seguiu pela avenida Ipiranga até a Praça da República, onde o ato foi encerrado.
O evento em SP ainda teve assembleia dos professores da rede estadual, que decidiram entrar em greve por tempo indeterminado. A decisão foi tomada no Masp (Museu de Arte de São Paulo).
Cerca de 50 pessoas convocadas pelo grupo Revoltados On Line enfrentaram a chuva com gritos de ordem contra a corrupção e pedindo o impeachment de Dilma Rousseff em frente à sede da Petrobras, na avenida Paulista.
No Rio de Janeiro, a Polícia Militar estimou que 1.500 pessoas participaram do ato público em defesa da Petrobras e contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), em frente à sede da estatal, na Cinelândia, no centro da cidade.
A manifestação a favor de Dilma e contra a política econômica dela, convocada pela CUT em Brasília, reuniu cerca de 1.000 pessoas, segundo a PM e os manifestantes. Além do protesto de centrais sindicais, um outro ato do grupo Revoltados On Line pediu o impeachment da presidente. Apenas seis pessoas compareceram ao local, que tinha cerca de 12 policiais militares.
Em Belo Horizonte, os manifestantes ainda ocupam a Praça Sete de Setembro, no centro de Belo Horizonte. No entanto, as pessoas começam a se dispersar no local. Mais cedo, a Polícia Militar de Minas Gerais estimou em 700 o número de ativistas no local que protestavam em defesa da Petrobras. Já os organizadores calcularam entre 1.500 e 2.000 pessoas. O ato teve início às 16h, em frente ao prédio onde morou a presidente Dilma Rousseff, quando estudante.
Salvador foi palco de uma Marcha das Mulheres, que teve início às 15h e caminhou em direção à Praça Municipal. De acordo com a Polícia Militar, 1.200 participam da caminhada, enquanto a CUT falou em 3.000. A marcha também defendeu a Petrobras, assim como a passeata que mais cedo percorreu as ruas do bairro de Itaigara. O ex-presidente da estatal, Sérgio Gabrielli, esteve presente na passeata.
Aconteceu em Vitória uma manifestação organizada por centrais sindicais. O protesto se dirigiu à sede da Petrobras, na Reta da Penha, onde o trânsito foi interrompido nos dois sentidos. A polícia não registrou nenhum tumulto ou confusão durante o evento, que teve a participação de mais de 500 pessoas.
O ato em João Pessoa terminou depois de percorrer as principais ruas do centro da cidade. Manifestantes caminharam por quase duas horas e se dissiparam no Ponto Cem Reis. A polícia disse que o ato foi pacífico e reuniu 400 pessoas. Já a CUT afirmou que o movimento contou com 1.000 pessoas.
Em Florianópolis, a manifestação chegou ao fim sem o registro de nenhuma confusão. Segundo a polícia, menos de 500 pessoas participaram do ato. Já de acordo com os organizadores, mais de 2.000 estiveram presentes.
Em Aracaju, a caminhada em defesa da Petrobras e cobrando reforma política começou por volta das 15h30 e reuniu menos de 1.000 pessoas, segundo a Polícia Militar.
Em Teresina, manifestantes encerraram o protesto pacificamente após duas horas e meia de caminhada. Eles marcharam pela avenida Frei Serafim, uma das principais vias da capital piauiense, e voltaram para a Praça da Liberdade, onde iniciaram o ato. A polícia estima que 500 pessoas participaram do ato.
Cerca de 100 pessoas se concentraram na praça da República, em Belém. O ato foi organizado pela CUT do Pará.
O protesto em Natal foi contra os movimentos que pedem o impeachment da presidente Dilma Rousseff e a favor da Petrobras. A Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana interrompeu o trânsito em parte do centro da capital. Algumas linhas de ônibus tiveram o trajeto alterado. Cerca de 300 pessoas, segundo a PM, se reuniram em frente à Catedral Metropolitana.
Em Curitiba, a Polícia Militar acompanhou o início da manifestação na Praça Santos Andrade. Os manifestantes marcharam em direção à Boca Maldita. A organização estimou em 5.000 o número de pessoas. A PM fala em 1.000.
A manifestação em São Luís se concentrou à tarde na Praça João Lisboa e em seguida seguiu em caminhada pelas ruas do centro. O movimento organizado por sindicatos defendeu direitos trabalhistas e a reforma política, além de ser contrário à privatização da Petrobras.
Manifestantes realizaram um protesto em Manaus em contraponto ao ato do próximo domingo (15), pelo impeachment de Dilma, mas foram surpreendidos por outro protesto feito por maçons. Por alguns minutos eles dividiram o mesmo espaço no centro da capital do Amazonas. Apesar de provocações de ambas as partes, não houve briga. Segundo o major da PM Márcio Lima, compareceram aos dois protestos cerca de 1.000 pessoas --500 em cada um deles.
O protesto em Palmas em defesa da Petrobras aconteceu como uma caminhada pela avenida Tocantins, no distrito de Taquaralto. A organização do evento calculou cerca de 800 pessoas, mas a PM-TO estimou 500 pessoas.
No Rio Grande do Sul, manifestações ocorreram em Caxias do Sul e em Pelotas em defesa da Petrobras e da democracia. A estimativa de público da Brigada Militar foi de cerca de 150 pessoas em Caxias. A entidade não soube informar quantas pessoas participaram em Pelotas, mas para os organizadores o número chegou a 250.
Os eventos acontecem dois dias antes da realização dos protestos pró-impeachment e cinco dias após o panelaço contra a presidente Dilma Rousseff.
O "Dia Nacional de Lutas", como também está sendo chamada a série de protestos marcados para esta sexta-feira (13), além de ressaltar uma "defesa" à estatal e à democracia, supostamente ameaçada por conta da campanha pelo impeachment da presidente Dilma, também tem por objetivo pressionar o governo federal a reverter as decisões que restringem os direitos trabalhistas, além de pressioná-lo a realizar a Reforma Política.
Uol e G1
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