Jorge , Isabel e Bruna durante audiência em Garanhuns Foto: Ana Paula Ferreira de Freitas |
Um psicólogo do Centro de Atenção Psicossocial (Caps) foi ouvido na audiência sobre o caso do trio acusado de canibalismo em Garanhuns, Agreste de Pernambuco. O depoimento ocorreu nesta quinta-feira (29). "Desde que [Jorge] chegou no Caps falava do interesse no benefício do INSS para pessoas com transtornos mentais]. Em Olinda, ele disse que requereu e foi negado", diz o especialista sobre Jorge Beltrão Negromonte da Silveira, um dos acusados.
As defesas do trio alegam coações e falha em laudo, e trabalham de forma independente. Jorge Beltrão Negromonte da Silveira, Isabel Cristina Torreão Pires e Bruna Cristina Oliveira da Silva são acusados de duplo homicídio triplamente qualificado, vilipêndio (violação) e ocultação de cadáver, segundo o promotor Jorge Dantas.
Para o psicólogo, o acusado era inteligente, mas apresentava discurso delirante. "Ele queria ser diferenciado dos demais usuários e, inclusive, queria ser amigo da gente [funcionários do Caps]. Interrompia o grupo dizendo que estava tendo alucinações, que estava vendo coisas. Jorge falava dessas alucinações de maneira consciente", explica.
"Ele dizia que era esquizofrênico e que tinha um amigo imaginário desde criança. Geralmente, quem é esquizofrênico não fica dizendo que é", conta as assistentes sociais do Caps sobre Jorge. Uma arte educadora e professora do Caps também depôs nesta quinta. "Jorge era inteligente e perfeccionista, gostava de ficar separado dos demais. Ele dizia que queria cursar psicologia", revela.
Com informações do G1 Caruaru
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