Izaías é Governo e Governo é cobrado diuturnamente, como deve ser. Pela população, que quer suas demandas prementes atendidas, e pela oposição, que busca se viabilizar e se fortalecer para uma eventual disputa com o prefeito, que aparece como favorito para o pleito de 2016.
Tudo isso faz parte da nossa democracia, e que bom que é assim. É nesse rol que surge Paulo Camelo, um personagem emblemático de nossa política e um dos críticos mais incisivos da atual administração municipal. Paulo migrou recentemente do PSOL para o PCB e já declarou-se pré-candidato ao principal posto do Palácio Celso Galvão. Fiel aos ideais em que acredita, não se furta a uma boa briga e a comentar assuntos polêmicos que envolvem os destinos de Garanhuns. Em e-mail enviado à imprensa, teceu pesadas críticas a Izaías Régis por conta do projeto de Adoção de Parques e do ocaso do Garanhuns Jazz Festival e, em certa parte do texto, acusa diretamente o prefeito de ser afeito a bravatas. Confira abaixo
Campos do Jordão, cidade serrana do interior de São Paulo, guarda algumas semelhanças com Garanhuns, cidade serrana do interior de Pernambuco. Lá tem um Teleférico, Garanhuns não tem. Mas, o sistema de teleférico é explorado pelo governo de São Paulo, ou seja, o município não recebe nada por esse tipo de serviço de diversão. Lá tem um Festival de Inverno, o qual começou a declinar ao passar de 10 dias para 30 dias, voltado apenas para músicas clássicas e eruditas aos finais de semana. Garanhuns supera e muito com seu Festival de Inverno, o qual todos nós conhecemos o seu sucesso.
Lá tem Parques, os quais são explorados pelos grandes empresários da capital paulista, inclusive pela família Matarazzo. Lá tinha uma forte indústria de confecções, todas fecharam e as vestimentas são trazidas de uma cidade próxima do interior de Minas Gerais. Hoje, a indústria somente de Cerveja, a Baden. Mesmo com um parque industrial pequeno, Garanhuns supera Campos do Jordão.
Garanhuns era a cidade que mais crescia no interior do Nordeste nas décadas de 1940, 1950 e início de 1960, época áurea da produção e exportação de café. Hoje as oportunidades de crescimento são poucas. Garanhuns perdeu indústrias, Campos do Jordão, também. Mas, o que tem em comum entre Garanhuns e Campos do Jordão, afora o clima, o fechamento de indústrias e a ausência do domínio do governo municipal nos Parques de Diversão e no Teleférico? É que ambas as cidades são deficitárias, como o são, a maioria das cidades brasileiras. O Festival de Jazz, foi cancelado porque o governo municipal não produz renda suficiente para bancar esse tipo de atividade recreativa, a não ser com recurso dos governos estadual e federal. De nada adianta o prefeito Izaías Régis, com suas bravatas, afirmar que tem tantos milhões para isso ou para aquilo. Além do mais, o Festival de Jazz, é uma atividade semi-privada, porquê a mesma é administrada pelo empresário Giovani Papaleo, sem querer com isso tirar o seu brilhantismo e a sua capacidade organizativa.
Os Parques estão no caminho da privatização por falta de planejamento do governo municipal, o qual possui um exército de cerca de 500 homens na Guarda Municipal, além de aproximadamente 4000 servidores. Mesmo assim, o que dar a entender é que o governo municipal se acha incapaz de administrar o pequeno patrimônio que nós temos, ou que o prefeito Izaías Régis, quer mesmo é beneficiar e dar lucro aos seus amigos e afilhados. Afinal, o governo municipal, se caracteriza por ser voltado para defender os interesses das elites ricas.
Paulo Camelo de Holanda Cavalcanti. Engenheiro Civil, ex-líder estudantil , ex-candidato a Prefeito e militante do Partidão (PCB)
velho gaga nao sabe de nada.
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