terça-feira, 22 de dezembro de 2015

Ao comentar fim do jazz e suposta privatização dos parques, Paulo Camelo sugere que prefeito de Garanhuns é bravateiro


Izaías é Governo e Governo é cobrado diuturnamente, como deve ser. Pela população, que quer suas demandas prementes atendidas, e pela oposição, que busca se viabilizar e se fortalecer para uma eventual disputa com o prefeito, que aparece como favorito para o pleito de 2016. 

Tudo isso faz parte da nossa democracia, e que bom que é assim. É nesse rol que surge Paulo Camelo, um personagem emblemático de nossa política e um dos críticos mais incisivos da atual administração municipal. Paulo migrou recentemente do PSOL para o PCB e já declarou-se pré-candidato ao principal posto do Palácio Celso Galvão. Fiel aos ideais em que acredita, não se furta a uma boa briga e a comentar assuntos polêmicos que envolvem os destinos de Garanhuns. Em e-mail enviado à imprensa, teceu pesadas críticas a Izaías Régis por conta do projeto de Adoção de Parques e do ocaso do Garanhuns Jazz Festival e, em certa parte do texto, acusa diretamente o prefeito de ser afeito a bravatas. Confira abaixo

AS SEMELHANÇAS DE CAMPOS DO JORDÃO/SP, COM GARANHUNS/PE. 

 Campos do Jordão, cidade serrana do interior de São Paulo, guarda algumas semelhanças com Garanhuns, cidade serrana do interior de Pernambuco. Lá tem um Teleférico, Garanhuns não tem. Mas, o sistema de teleférico é explorado pelo governo de São Paulo, ou seja, o município não recebe nada por esse tipo de serviço de diversão. Lá tem um Festival de Inverno, o qual começou a declinar ao passar de 10 dias para 30 dias, voltado apenas para músicas clássicas e eruditas aos finais de semana. Garanhuns supera e muito com seu Festival de Inverno, o qual todos nós conhecemos o seu sucesso.

 Lá tem Parques, os quais são explorados pelos grandes empresários da capital paulista, inclusive pela família Matarazzo. Lá tinha uma forte indústria de confecções, todas fecharam e as vestimentas são trazidas de uma cidade próxima do interior de Minas Gerais. Hoje, a indústria somente de Cerveja, a Baden. Mesmo com um parque industrial pequeno, Garanhuns supera Campos do Jordão.

 Garanhuns era a cidade que mais crescia no interior do Nordeste nas décadas de 1940, 1950 e início de 1960, época áurea da produção e exportação de café. Hoje as oportunidades de crescimento são poucas. Garanhuns perdeu indústrias, Campos do Jordão, também. Mas, o que tem em comum entre Garanhuns e Campos do Jordão, afora o clima, o fechamento de indústrias e a ausência do domínio do governo municipal nos Parques de Diversão e no Teleférico? É que ambas as cidades são deficitárias, como o são, a maioria das cidades brasileiras. O Festival de Jazz, foi cancelado porque o governo municipal não produz renda suficiente para bancar esse tipo de atividade recreativa, a não ser com recurso dos governos estadual e federal. De nada adianta o prefeito Izaías Régis, com suas bravatas, afirmar que tem tantos milhões para isso ou para aquilo. Além do mais, o Festival de Jazz, é uma atividade semi-privada, porquê a mesma é administrada pelo empresário Giovani Papaleo, sem querer com isso tirar o seu brilhantismo e a sua capacidade organizativa.

 Os Parques estão no caminho da privatização por falta de planejamento do governo municipal, o qual possui um exército de cerca de 500 homens na Guarda Municipal, além de aproximadamente 4000 servidores. Mesmo assim, o que dar a entender é que o governo municipal se acha incapaz de administrar o pequeno patrimônio que nós temos, ou que o prefeito Izaías Régis, quer mesmo é beneficiar e dar lucro aos seus amigos e afilhados. Afinal, o governo municipal, se caracteriza por ser voltado para defender os interesses das elites ricas.

 Paulo Camelo de Holanda Cavalcanti. Engenheiro Civil, ex-líder estudantil , ex-candidato a Prefeito e militante do Partidão (PCB)

Um comentário:

Postagens ofensivas não serão publicadas.

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...