dom Aldo Di Cillo Pagotto |
ANSA
Cidade do Vaticano - O papa Francisco aceitou nesta quarta-feira a renúncia ao governo pastoral da arquidiocese da Paraíba apresentada pelo arcebispo dom Aldo Di Cillo Pagotto, acusado de manter relações homossexuais e de ignorar casos de pedofilia.
Por meio de um processo canônico, a arquidiocese havia sofrido no ano passado uma intervenção da Santa Sé. O processo canônico contra o bispo esteve sob a responsabilidade de Fernando Monteiro Guimarães, ex-bispo da diocese de Garanhuns e que teve vários cargos na Cúria Romana. Na ocasião, Pagotto, de 66 anos, foi proibido de ordenar novos diáconos e sacerdotes e de receber seminaristas até que o Vaticano concluísse as investigações.
Dom Fernando |
O inquérito nasceu após denúncias de que o arcebispo da Paraíba havia acolhido padres e seminaristas expulsos de outras dioceses. Além disso, ele teria se recusado a discutir casos de pedofilia. Também em 2015, uma carta escrita por uma mulher o acusou de manter uma relação afetiva com um jovem de 18 anos e de realizar "encontros íntimos" na sede da arquidiocese.
Mais tarde, a autora da correspondência, Mariana José, disse que não conhecia os personagens citados no texto, embora admitisse que a assinatura no documento era sua. Já o arcebispo sempre negou todas as acusações.
A renúncia de Pagotto foi aceita por Francisco com base no artigo 2 do cânone 401 do Código de Direito Canônico, ou seja, por "grave causa". Seu substituto interino será dom Genival Saraiva de França, bispo emérito de Palmares.
Papa Francisco |
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