O ministro das Cidades, Bruno Araújo (PSDB-PE), negou o pedido encaminhado pelo líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), para implementar uma nova etapa do Minha Casa, Minha Vida em Garanhuns, no Agreste de Pernambuco. A afirmação é do próprio Humberto Costa feita em nota enviada à imprensa
Humberto afirmou que havia solicitado ao Ministério que atendesse à demanda do município, mas o ministro tucano alegou que, em razão de dificuldades financeiras, sua pasta tem outras prioridades que não passam por Garanhuns.
“O governo do presidente golpista Michel Temer (PMDB) já havia abandonado a meta traçada pela presidenta Dilma de contratar 2 milhões de moradias do programa até o fim de 2018. Agora, o ministro diz que dificuldades financeiras irão impedir a construção de novas casas em Pernambuco. E a população sai perdendo, mais uma vez. É um governo de retrocessos sociais inadmissíveis”, afirmou.
Ainda segundo a nota, Humberto enviou um ofício ao Ministério das Cidades em 15 de junho deste ano, atendendo a um pleito da Câmara Municipal da cidade pernambucana, que solicitava a implantação de nova etapa do Minha Casa Minha Vida em Garanhuns e ainda a criação de um programa habitacional específico aos servidores públicos municipais.
“A população mais carente da cidade, que necessita de moradia para viver de forma mais digna, vai lamentar essa decisão do Ministério das Cidades, chefiado por um pernambucano. Mas vou seguir cobrando para que a execução do principal programa habitacional do país, lançado por Dilma, siga em benefício dos cidadãos brasileiros”, garantiu.
A resposta ao pedido, segundo o senador pernambucano, foi feita pela diretoria do Departamento de Produção Habitacional. Segundo a pasta, “tendo em vista o atual cenário macroeconômico do país, que impôs restrições de natureza orçamentária e financeira ao programa, a prioridade do ministério é a conclusão de empreendimento em andamento”.
A VERSÃO DO GOVERNO
O ministro da cidade após tomar conhecimento das acusações de Humberto rebateu o senador petista. “Trata-se de uma tentativa de esconder a ineficiência do governo cassado, deturpando informações. Eles omitiram da população a má gestão feita no programa e o tamanho do déficit e desvio que deixaram. Em 100 dias, atualizamos todas as pendências com as construtoras que atuam no programa. Foram mais de R$ 500 milhões por mês. Trabalhamos para salvar o Minha Casa Minha Vida dos problemas criados pela má gestão do PT”“O programa foi paralisado pela incompetência do PT. Este ano, vamos salvar o programa. Em 2017, vamos bater recorde de contratações”, prometeu Bruno Araújo.
“O pleito de Garanhuns e outras cidades não saiu porque tivemos que priorizar o atendimento a 51 mil unidades habitacionais paralisadas pelo governo cassado. Tínhamos que salvar o dinheiro da sociedade brasileira. Nesta faixa um, já retomamos 7 de 15 mil unidades e até fevereiro do próximo ano serão todas as 50 mil. Com isto, só a partir dai teremos orçamento para 2017. Serão 600 mil unidades no Brasil inteiro. Vamos bater recorde de contratações”, garantiu.
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