A vaquejada Dom Roxão, ocorrida no parque Acauã, em Garanhuns, no início de novembro, foi usada como o principal destaque em uma reportagem da Folha de São Paulo para comentar e exemplificar a polêmica em que se tornou a recente decretação da ilegalidade do esporte por parte do STF. O renomado jornal paulistano mandou um enviado especial a Garanhuns especialmente para cobrir o evento. Com o título "Ao tonar vaquejada ilegal STF deixa em pânico que vive da prática'', a Folha fez uma ampla abordagem sobre a polêmica envolvendo o tema usando sempre o exemplo de Garanhuns para informar ao leitor dos prós e contras do esporte.
Segundo o jornal, quase mil duplas participaram da vaquejada Dom Roxão, no parque Acauã, entre os dias 02 e 07 de novembro. "Em Garanhuns, foram quase mil duplas de vaqueiros correndo alternadamente atrás de mais de 1.200 bois, de modo praticamente ininterrupto –as corridas começavam por volta das 7h só paravam por volta das 5h do dia seguinte. A torcida misturava homens, mulheres e crianças, com predomínio dos primeiros. Assistia sentada na arquibancada e era praticamente inaudível –predominava a narração do locutor, que apresenta os vaqueiros e descreve as corridas atrás do boi", diz parte da reportagem.
No caso do evento de Garanhuns, foi assinado um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) entre os organizadores e o Ministério Público Estadual. O documento traz uma lista de ações e itens proibidos que dá uma noção de como a vaquejada não regulamentada pode ser violenta: foram vedados luvas de prego, parafusos e objetos cortantes.
O organizador da vaquejada em Garanhuns também falou à Folha.
a 1ª Vaquejada Dom Roxão foi realizada em Garanhuns (PE) no início do mês e divulgada em seu material publicitário como “a evolução da vaquejada”. Ela adotou uma série de normas de proteção animal da Associação Brasileira da Vaquejada (ABVAQ).
Segundo seu organizador, o empresário Erlan Bezerra, 38, o evento custou cerca de R$ 700 mil, incluindo o aluguel do parque, dos bois e a contratação das equipes de veterinários e fiscais. Com entrada franca, atraiu um público circulante estimado em 35 mil pessoas –homens e mulheres de idades variadas; na corrida, a predominância é masculina.
“Nunca havia pensado em fazer vaquejada, sou novo na atividade. Fiz para promover meu haras e meu cavalo [Dom Roxão, bicampeão nacional]”, diz Bezerra. “Como empresário, não ia fazer um evento sem o selo da ABVAQ.”
Sua receita foi de aproximadamente R$ 1,2 milhão, a maior parte dela vinda da venda de “senhas” que os vaqueiros compram para competir –e que custam de R$ 300 a R$ 1.200, dependendo da categoria. A premiação total para os competidores foi de R$ 200 mil. Ao final do evento, a vaquejada lhe rendeu R$ 115 mil.
Com informações da Folha de São Paulo
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