Até agora foram identificadas 50 ligações clandestinas e recolhidos mais de cinco quilômetros de tubulações
Uma operação de fiscalização executada pela Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) identificou 50 ligações clandestinas e recolheu mais de cinco mil metros de tubulações em propriedades na zona rural no município de Itaíba, no Agreste do Estado, região castigada pelos seis anos consecutivos de seca. A ação, que foi iniciada no dia 05 de outubro, visa combater o furto de água ao longo da Adutora de Itaíba, que sofreu uma redução de 50% da vazão, causando sérios prejuízos ao abastecimento da cidade.
A adutora, que tem 26 quilômetros de extensão, teve uma queda de vazão de 33 litros por segundo para 17 litros. Hoje, a população de Itaíba, em torno de 27 mil habitantes, já convive com um regime rigoroso de abastecimento de cinco dias com o fornecimento de água para 23 dias sem.
Segundo o gerente de Unidade de Negócios da Compesa, Augusto César de Andrade, as medições ainda estão sendo realizadas para quantificar a vazão recuperada do sistema e qual o reflexo da fiscalização para o abastecimento da cidade. Na próxima segunda-feira (7), a Compesa terá o balanço da operação, quando será definida se a ação irá continuar.
"No verão, época do ano na qual as temperaturas costumam estar mais elevadas, há o aumento do consumo de água. Por isso, precisamos combater os furtos, principalmente, e as perdas do sistema de abastecimento", contextualiza o gerente, acrescentando que a Adutora de Itaíba recebe água dos poços localizados no Sítio Baixa Funda, no município de Tupanatinga.
De acordo com o gerente, a equipe de fiscalização da Compesa vai percorrer toda a extensão da adutora, que passa por dentro de propriedades particulares, o que dificulta ainda mais a operação. "A equipe se desloca de carro até avistar um barreiro, uma plantação sendo irrigada, ou uma moradia. Nesses locais, é preciso percorrer uma grande área a pé para identificar as ligações clandestinas, cujas tubulações estão geralmente enterradas", informa.
"Estamos encontrando ligações que foram feitas com canos de 75 mm de diâmetro. A nossa adutora tem 150 mm de diâmetro, dessa forma, dá para se ter uma ideia de como os furtos interferem de forma significativa na pressão da rede", explica Augusto Cesar de Andrade, informando que a água desviada estava sendo usada nas propriedades, principalmente, para irrigação e criação de animais. Segundo o gerente, nos casos de flagrante, caso seja cliente da Compesa, ele é notificado e recebe uma multa. Quando o furto é constatado em áreas nas quais o infrator não é cadastrado como cliente, ele é esclarecido sobre a prática ilícita ( furto de água é crime), notificado e convocado para regularizar a situação.
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