quarta-feira, 22 de março de 2017

Empresa investigada na Lava Jato é contratada para elaborar projeto de recuperação da Barragem de Inhumas, em Garanhuns

Homologação do contrato foi publicada no Diário Oficial do Estado, com valor de R$ 293,9 mil; Contratante é o Governo do Estado

A barragem de Inhumas vai passar por uma recuperação, provavelmente um desassoreamento, já que encontra-se apenas com 6% de sua capacidade. Ótima notícia. Um projeto será elaborado por uma empresa especializada para traçar o que deve ser feito. O problema, que suscitou crítica por parte da imprensa da capital, em especial a Folha de Pernambuco, foi o fato de a contratada para elaborar o projeto de recuperação ser a Engevix, uma empresa investigada na Operação Lava Jato.

. A homologação do contrato foi publicada na terça-feira (21/03) no Diário Oficial do Estado, com um valor de R$ 293,9 mil. O prazo de execução é de 120 dias. Pesa sobre a Engevix, segundo informações da Folha de Pernambuco, a acusação de ter desviado  R$ 7 milhões em um contrato da Refinaria Abreu e Lima, em Suape. O dinheiro teria sido direcionado ao pagamento do doleiro Alberto Yousseff. A admissão de propina foi revelada pelo próprio presidente do conselho de administração da Engevix, Cristiano Kok,

Além da Refinaria Abreu e Lima, a Engevix também é investigada por pagamento de propina nas obras da Usina Nuclear Angra 3, além de ter seu nome citado em um processo que investiga o pagamento de propinas ao ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu.

A Secretaria de Desenvolvimento Econômico, contratante da empreiteira, informou por nota que a empresa Engevix Engenharia e Projetos S/A “encontra-se idônea para contratação com o serviço público estadual, conforme o Sistema de Cadastramento Unificado de Fornecedores (SICAF)”. Disse ainda que, “de acordo com o Acordão do Tribunal de Contas da União, não caberia à Secretaria impedir a participação da referida empresa em processos licitatórios, sob pena de infringência legal”.

  CALENDÁRIO DE RACIONAMENTO E SITUAÇÃO DE INHUMAS

A situação de Inhumas é crítica, segundo a Compesa. O reservatório se encontra com apenas 6% da sua capacidade total, que é de 6,9 milhões de metros cúbicos. Em fevereiro deste ano, a Compesa desligou Inhumas do sistema de abastecimento de Garanhuns e a barragem passou a atender somente o município de Palmeirina e os distritos de Olho D’água de Góis e Poço Comprido, ambos localizados em Correntes. Para compensar a falta da água de Inhumas, a Compesa adotou um severo e doloroso rodízio de um dia com água e oito sem o precioso líquido. 

Com informações  da Folha de Pernambuco e acréscimo de dados do V&C.

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