A barragem de Inhumas vai passar por uma recuperação, provavelmente um desassoreamento, já que encontra-se apenas com 6% de sua capacidade. Ótima notícia. Um projeto será elaborado por uma empresa especializada para traçar o que deve ser feito. O problema, que suscitou crítica por parte da imprensa da capital, em especial a Folha de Pernambuco, foi o fato de a contratada para elaborar o projeto de recuperação ser a Engevix, uma empresa investigada na Operação Lava Jato.
Além da Refinaria Abreu e Lima, a Engevix também é investigada por pagamento de propina nas obras da Usina Nuclear Angra 3, além de ter seu nome citado em um processo que investiga o pagamento de propinas ao ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu.
A Secretaria de Desenvolvimento Econômico, contratante da empreiteira, informou por nota que a empresa Engevix Engenharia e Projetos S/A “encontra-se idônea para contratação com o serviço público estadual, conforme o Sistema de Cadastramento Unificado de Fornecedores (SICAF)”. Disse ainda que, “de acordo com o Acordão do Tribunal de Contas da União, não caberia à Secretaria impedir a participação da referida empresa em processos licitatórios, sob pena de infringência legal”.
CALENDÁRIO DE RACIONAMENTO E SITUAÇÃO DE INHUMAS
A situação de Inhumas é crítica, segundo a Compesa. O reservatório se encontra com apenas 6% da sua capacidade total, que é de 6,9 milhões de metros cúbicos. Em fevereiro deste ano, a Compesa desligou Inhumas do sistema de abastecimento de Garanhuns e a barragem passou a atender somente o município de Palmeirina e os distritos de Olho D’água de Góis e Poço Comprido, ambos localizados em Correntes.
Para compensar a falta da água de Inhumas, a Compesa adotou um severo e doloroso rodízio de um dia com água e oito sem o precioso líquido.
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