O município de Garanhuns tem o abastecimento suspenso desde ontem, em consequência do grande volume de chuvas registrados nos últimos três dias na região. O Sistema Cajueiro, responsável por 60% do abastecimento da cidade, está sem funcionar por causa do rompimento de um trecho da adutora pertencente a essa unidade operacional.
A expectativa é que o sistema volte a operar na próxima quarta-feira, por conta da dificuldade de locomoção dos técnicos para realizar os serviços de reparos. Outro sistema de abastecimento de Garanhuns, o Sistema Inhumas, está inoperante em virtude de problemas elétricos, também provocados pelas chuvas. Já o terceiro sistema do município, o Mundaú, não está operando porque atua de forma integrada aos demais.
Segundo o gerente da Unidade de Negócios da Compesa, Igor Galindo, a expectativa é que o Sistema Inhumas volte a funcionar ainda hoje, quando será possível retomar a distribuição de água na cidade. Em virtude dessas intercorrências, haverá um atraso de dois no calendário vigente, ou seja, a área 2 que seria abastecida nos dias 28,29 e 30 passará para os dias 30, 31 e 01/06. Já a área 3 receberá agua nos dias 02,03 e 04 de junho.
Lado positivo - As chuvas não trouxeram apenas transtornos para a cidade de Garanhuns. Todas as três barragens conseguiram acumular um bom volume de água. A Barragens de Mundaú, que tem a capacidade de acumular 1,2 milhão de metros cúbicos de água está hoje com 83% do total, o que representa um volume de 998,74 m3. Esse reservatório estava 40% há três dias. A Barragem de Inhumas está hoje com 4, 2 milhões de metros cúbicos, de um total de 6,9 milhões de metros cúbicos, que representa 62% da sua capacidade. Já a Barragem de Cajueiro está com 6, 6 milhões de metros cúbicos, ou seja, 53% da sua capacidade total que é de 14, 4 milhões de metros cúbicos.
Apesar dos resultados extremamente positivos, a Compesa irá aguardar o mês de junho para estudar a possibilidade de alteração do calendário de abastecimento de Garanhuns, que hoje obedece ao regime de 3 dias com água e 6 sem, chegando em alguns locais a ficar até 8 dias sem água. "Precisamos ser cautelosos e esperar a evolução da chuvas para promover qualquer redução no rodizio da cidade. Precisamos ter segurança hídrica para enfrentar o próximo verão sem dificuldades após seis anos de seca intensa", argumentou Igor Galindo.
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