Dia 23 de maio, terça passada. Há uma semana atrás, a barragem de Inhumas estava em colapso. O barro rachado em seu leito denunciava uma das mais severas estiagens já presenciadas em Garanhuns. O volume do reservatório acumulava diminutos 5% e o cenário era desolador.
Terça-feira, 30 de maio. De acordo com medição da APAC, a barragem de Inhumas encontra-se hoje com 53% de acumulação, um aumento de 48 por cento. Isso equivale a 4.242.244 m³ (quatro milhões duzentos e quarenta e dois mil e duzentos e quarenta e quatro metros cúbicos de água) mais da metade de sua capacidade total. O caminho que levou a barragem, do volume morto a uma situação confortável, foi pavimentado por generosos 224 milímetros que banharam Garanhuns de terça passada pra cá. Se as chuvas continuarem, mesmo que com menor intensidade, é provável que tenhamos o transbordamento de Inhumas, que é quando o reservatório atinge sua capacidade máxima.
Os outros mananciais que abastecem o município também vêm enchendo. Cajueiro já subiu de 43% para 54% de acumulação, o que equivale a dez milhões e quinhentos mil metros cúbicos de água. Mundaú, que antes da chuva acumulava apenas 23% de sua capacidade, hoje encontra-se com cerca de um milhão de metros cúbicos.
Com essa situação, o abastecimento de Garanhuns está garantido até pelo menos fevereiro de 2018 e o racionamento via rodízio pode ser flexibilizado ou extinto, a depender das próximas precipitações pluviométricas. Que venha mais.
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