“Eu tinha pouca idade / E conheci a leitura / O meu pai um homem simples / Apresentou-me a leitura / Não precisou ser letrado / Nem tampouco diplomado / Pra valorizar a cultura”. É assim que Edilene Soares define o começo de sua trajetória com a literatura de cordel. Aos sete anos de idade, a homenageada da Bienal Internacional do Livro se apaixonou pela poesia que seu pai comprava na feira. A única exigência de Seu Elizeu, após comprar o cordel na feira, foi que sua filha recitasse os pequenos textos para a comunidade em que moravam, em Angelim, cidade a cerca de 30 km de Garanhuns.
Edilene nasceu em 1976 e aos nove anos ensinava catecismo na igreja em que frequentava, onde despertou mais uma de suas paixões da vida: ser professora. “A igreja e a comunidade foram meus primeiros palcos”, conta a professora que aos 14 anos de idade, já morando em Garanhuns, convenceu a diretora de uma escola no bairro em que morava a ser a ajudante da professora em uma sala de aula. “Eu tinha o sonho de ser professora e desde aquela época eu já utilizava a poesia para o trabalho”, conta.
Assim, na sua juventude, se formou no magistério e fez Licenciatura em Geografia na Universidade de Pernambuco (UPE). Se encantou pela Educação Especial e fez o curso de Atendimento Educacional Especializado, na Universidade Federal do Ceará (UFC). Edilene lecionou em escolas públicas e privadas e na UPE.
“A literatura é extremamente relevante na sociedade atual. A tecnologia está aí, em todos os lugares. A gente precisa cada vez mais incentivar o toque no papel, o “sentir” do livro. É importante propagar essa cultura de ler para o outro, principalmente a literatura de cordel, que é do povo para o povo”, Edilene faz questão de incentivar a leitura do livro físico. Atualmente, ela é membro da União Brasileira dos Escritores.
Ainda na educação, a contadora de histórias foi supervisora de ensino, sendo gestora da Escola Municipal Artur Maia. Em Palmeirina (PE), ela foi Diretora de Cultura e posteriormente secretária de Ação Social. Hoje, Edilene coordena a biblioteca Indústria do Conhecimento (IDC), que é uma iniciativa do Serviço Social da Indústria (SESI), em parceria com o Governo Municipal de Garanhuns, através da Secretaria de Educação (Seduc).
A terceira edição da Bienal Internacional do Livro do Agreste será realizada dos dias 17 a 21 de maio e Edilene será uma das homenageadas, junto ao saudoso jornalista garanhuense Ronildo Maia Leite. “Esse convite foi uma surpresa muito grande. Existem muitos escritores bons em Garanhuns e na região, e me senti lisonjeada em ser a escolhida. É um evento de grande porte para o município e fico feliz por essa valorização do que é da terra. Meus colegas da rede de ensino também estão muito felizes por mim. Eu me sinto com uma responsabilidade muito grande porque estou representando todos eles na Bienal”, compartilhou a professora. O evento conta com o apoio da Prefeitura Municipal de Garanhuns, por meio da Secretaria de Educação.
Com informações da Assessoria de Imprensa da Prefeitura Municipal de Garanhuns
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