Uma noite cheia de suingue, com tambores da floresta, merengue, carimbó, guitarradas e lambadas vindas do Pará deu o tom da sexta noite de shows do Palco Dominguinhos. A “Noite do Pará” contou com a presença do rei do carimbó, Pinduca, considerado o “Luiz Gonzaga” do norte do país, que veio pela primeira fez ao festival. Ele fez uma participação especial no show de Lia Sophia, cantando suas clássicas “Dança do Carimbó” e “Sinhá Pureza”, além de músicas como “Ai Menina” e “Volare”, fazendo todo mundo dançar, mesmo na chuva. Também subiram ao palco nesta noite a aclamada cantora Fafá de Belém, o músico Arthur Espíndola com seu samba amazônico e a cantora Belinha Lisboa e seu reggaeton.
Quem abriu a noite de shows foi a cantora garanhuense Belinha Lisboa, que participa pela segunda vez do festival. Trazendo suas influências do reggae, ela apresentou músicas autorais e também deu uma repaginada em cações de Edson Gomes, Luiz Gonzaga, Chico Science e Alceu Valença, em ritmos de zouk e reggaeton.
A segunda atração foi o cantor paraense Arthur Espíndola, integrante da nova geração de artistas do Pará que faz um resgate e uma mistura de ritmos regionais, tocando samba com carimbó, ritmo que ficou conhecido como “samba amazônico”, feito com instrumentos como banjo regional, curimbó, barrica de boi, marabaixo e outros instrumentos clássicos do samba como cavaquinho e pandeiro. Cantor e multi-instrumentista, Arthur Espíndola contou com a participação de Fafá de Belém no seu clipe Tempo Deus e prepara a gravação do seu novo DVD, A Ilha do Samba, que será filmado a partir de dezembro no Pará. Além de músico, Arthur também apresenta um programa na TV Cultura, o “Amazônia Samba”, transmitido toda segunda-feira às 7h30.
Lia Sophia e Pinduca contagiaram o público com muito suingue, lambada e carimbó. “Essa é a segunda vez que toco no FIG, a primeira foi em 2014. Estou muito feliz por Pinduca ter aceitado meu convite e viemos aqui fazer uma música quente, com guitarradas e merengue para todo mundo dançar”, afirmou a cantora. Pinduca, aos 80 anos e cheio de energia, contou que já tinha estado em Garanhuns há 40 anos, para divulgar um vinil, “mas, para tocar é a primeira vez que venho e achei emocionante porque o público ficou e cantou mesmo debaixo de chuva. Eu e Fafá de Belém abrimos as portas para muitos artistas do Pará. Quando comecei, o carimbó era música para velho, mas fizemos uma modernização e o ritmo ganhou o gosto popular”, explica o mestre.
A última atração da noite, Fafá de Belém fez todo mundo cantar num show que variou entre ritmos suaves e dançantes. No repertório, mesclou canções já conhecidas em sua interpretação como “Abandonada” e músicas que fazem parte do seu novo disco “ Do Tamanho Certo para o Meu Sorriso” (2015) , como “Pedra sem Valor” (Dona Onete). O disco comemora os 40 anos de carreira da cantora e venceu o 27º Prêmio da Música Brasileira, nas categorias Melhor Álbum e Melhor Cantora.
Com informações da Fundarpe
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