Quem frequenta a tradicional feira da Ceaga, em Garanhuns, sabe que ali não há espaço para o silêncio. É no grito mesmo que os comerciantes chamam a atenção dos clientes, cada vez mais seletivos em suas escolhas ante a crise que vive o país. Mas se esgoelar na tentativa de atrair boas vendas levou um comerciante de 39 anos à delegacia neste sábado, 26 de agosto.
De acordo com a PM, um cidadão residente na Rua Dom Mário Vilas Boas, no bairro São José, local onde a feira acontece, chamou uma guarnição policial para se queixar de pertubação de sossego. A " vitima," como se refere à PM no seu boletim, informou que se desentendeu com o senhor Edilson, porque
este grita
muito alto na feira livre da Ceaga perturbando o seu sossego e de sua filha recém
nascida. O queixoso ainda disse que já falou com o mesmo por diversas vezes (para gritar mais baixo) entretanto não foi
atendido. O resultado é que desceu todo mundo pra delegacia para que o delegado resolvesse a confusão sonora.
Sem entrar no mérito de quem tinha ou não razão, (talvez nenhum dos dois tivesse) a constatação é que vivemos uma era de intolerância extrema entre os seres humanos. Enquanto uma viatura estava atendendo uma ocorrência que podia ser facilmente solucionada se as partes fossem mais tolerantes entre si, outro cidadão (que poderia ter uma demanda de segurança realmente importante), como um assalto ou furto, por exemplo, pode ter ficado sem a assistência policial. MAIS TOLERÂNCIA.
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