Um garoto de dez anos de idade foge de casa, com a roupa de corpo. Vai da roça para a cidade grande, sem avisar ao pai (é órfão de mãe). No ônibus, se segura para não ir ao sanitário, tem medo que descubram que viaja sozinho, e que o entreguem ao juizado de menores. Por volta da meia-noite chega à estação ferroviária. Caminha pelas avenidas da Cidade, perde-se, mas consegue chegar, às quatro da madrugada, à casa de um parente. No dia seguinte já sai à procura de emprego.
Essa é parte da história do radialista Geraldo Freire, da Rádio Jornal Recife, que virou livro, “O Que Eu Disse e que me Disseram”, será lançado nessa quinta-feira, dia 21, das 16 as 18 horas, no 2º andar da Ferreira Costa Center, aqui em Garanhuns. O momento será prestigiado pelo Prefeito do Município, Izaías Régis; por empresários e vários representantes da sociedade local e regional.
A publicação, dividida em duas partes, é assinada pelo escritor e professor Eugênio Jerônimo e por Geraldo Freire. O primeiro é responsável pela biografia do mais popular radialista pernambucano, este, por sua vez, conta passagens de uma trajetória rica em episódios engraçados, pitorescos, de pessoas anônimas ou de gente importante que conheceu pessoalmente, personalidades que pontuaram a vida do País nos últimos 50 anos, incluindo aí vários presidentes da República.
“Vou avisando que tem palavrão. Procurei falar de tudo que lembrei, mesmo das pessoas mais sérias, saindo da liturgia. Tem do doutor Arraes, de Rubem Moreira, cobri a Federação Pernambucana de Futebol, e ele me contou mil histórias interessantes. Tem Dom Helder que, por exemplo, tinha a vaidade de ser humilde. Se você dissesse a D. Helder que ele não era humilde, era capaz dele dar um murro na sua cara”. Irreverente, Geraldo Freire, que tem 25 anos de Rádio, sempre esteve no topo da audiência no rádio em Pernambuco.
(Com informações do Jornal do Commercio via Blog do Carlos Eugênio)
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