domingo, 8 de julho de 2018

Quatro dos 12 garotos presos em caverna da Tailândia já foram resgatados por mergulhadores


Quatro meninos já foram retirados neste domingo (8) da caverna no norte da Tailândia, onde estavam presos há 15 dias, de acordo com o coordenador do resgate. Eles foram levados para o hospital da província de Chiang Rai. Os garotos estão em “perfeitas condições”, segundo a BBC.

Mais cedo, a agência de notícias Reuters afirmou que seis meninos tinham sido retirados da cavidade subterrânea, atribuindo a informação a um integrante sênior da equipe de resgate médico. A informação foi corrigida pela agência às 11h27.

“Foi um grande sucesso”, afirmou o governador e o coordenador da célula de crise, Narongsak Osottanakorn.

Ele informou ainda que as equipes vão repor o estoque de oxigênio da caverna e que precisam de pelo menos 10 horas para se preparar para a próxima operação. Essa pausa não será superior a 20 horas.

O início do resgate do grupo – composto de 12 garotos, de 11 a 16 anos, e do técnico, de 25 anos- foi anunciado na manhã deste domingo (no horário local). O primeiro menino a deixar a caverna saiu às 17h40 (no horário local). Os nomes dos resgatados não foram confirmados oficialmente.

Após chegar à superfície, os meninos foram para um hospital improvisado, montado perto da caverna, onde passam pelos primeiros exames físicos.

Osottanakorn afirmou que 90 mergulhadores – 50 estrangeiros e 40 tailandeses – participam da operação. Mais cedo, o governo havia afirmado que 18 mergulhadores, sendo 13 especialistas internacionais e cinco tailandeses experientes, conduziriam o grupo pelos trechos inundados da caverna Tham Luang, que está complemente no escuro.

A estimativa inicial é de que toda a operação, considerada complexa e perigosa, pode durar até 4 dias.

O governo informou que a viagem de volta começaria com um grupo de quatro meninos. Depois, segundo o “Bangkok Post”, dois grupos com três meninos devem deixar a galeria subterrânea. Por último, mais dois garotos e o treinador serão trazidos para fora.

No início, as autoridades estudaram deixar o grupo dentro da caverna até o fim da estação chuvosa – o que poderia significar que eles ficariam presos por até quatro meses. Porém, o bombeamento constante de água para fora da cavidade e a interrupção das fortes chuvas contribuíram para que o nível da água abaixasse, possibilitando o resgate.
Infográfico: G1


Uma das maiores preocupações das autoridades era a condição climática na região: nuvens escuras – típicas desta época do ano – permanecem sobre o norte montanhoso do país.

Choveu neste domingo na região, porém a previsão do tempo indica que uma tempestade se aproxima e deve chegar à região da caverna em até 5 dias. Uma tempestade inundaria ainda mais a galeria e tornaria a situação ainda mais dramática.

Na manhã de sábado (7), o governador e o coordenador da célula de crise afirmou que “agora e pelos próximos três ou quatro dias, as condições para uma evacuação são perfeitas em relação à água, ao tempo e à saúde dos meninos”. Porém, ele não afirmou quais eram os planos para o resgate.

A queda no nível de oxigênio na cavidade subterrânea e a elevação do dióxido de carbono também pressionaram as equipes abreviar o resgate.

As equipes começaram a esvaziar a área para a operação de resgate ainda no fim da noite de sábado. Foram desobstruídas a área no entorno da entrada caverna e também as estradas de acesso à região. Os mais de 1000 jornalistas que acompanham o resgate tiveram que se afastar da caverna.

O grupo entrou na caverna Tham Luang no dia 23 de junho, após um treino, para se abrigar do tempo ruim, mas foi surpreendido por uma inundação. Após nove dias de intensas buscas, eles foram localizados por dois mergulhadores britânicos.

No sábado, o grupo enviou, com a ajuda dos mergulhadores, cartas aos parentes. Os meninos diziam estar bem e alguns contavam ter vontade de comer churrasco ou frango. O treinador, Ekapol Chanthawong, demonstrou sentimento de culpa em sua mensagem por ter levado os meninos ao local. Familiares disseram que ele não precisava se desculpar.

O grupo já tinha ido até o local outras vezes. Desta vez, tinham levado comida, que durou por algum tempo. 

G1

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