Certa vez escrevemos neste espaço que Andrea Amorim estava para o Festival de Inverno de Garanhuns como o chocolate quente estava para o friozinho da Suíça pernambucana. Era abril de 2015 e a artista tentava sua 11ª participação no evento. De lá pra cá não saiu mais da grade estando no evento nos anos de: 2015, 2016, 2017 e 2018. E é do show deste ano que vamos falar um pouco. Antes que esqueçamos, nunca é demais lembrar que a estreia de Andrea em FIGs foi em 1999 e esse foi seu primeiro show para um grande público. Prata da casa e conhecida no cenário nacional, não poderia ter sido em evento melhor, esse batismo de fogo dessa talentosíssima artista pernambucana. Voltemos a 2018. Coube mais uma vez a Andrea abrir uma noite de encerramento de um festival de inverno neste sábado, 28 de julho. Com muito rock e com um visual renovado, Andrea sacudiu a Praça Mestre Dominguinhos onde interpretou vários clássicos nacionais e internacionais. A boa surpresa foi a Gold Hits Orquestra, que teve uma brilhante participação no show da Garanhuense.
Pouco depois das 21h00min foi a vez de Renata Arruda dar continuidade à última noite do FIG. Ela trouxe sucessos da carreira, o que animou o publico. A cantora presenteou a todos com canções do seu álbum "Outra Pegada", que ainda não tem data de lançamento. Ao longo de sua carreira, a paraibana realizou parcerias com Sandra de Sá, Zé Ricardo, fNando Cordel, Chico César, Zélia Duncan, entre outros artistas.
Lula Queiroga foi a terceira atração da última noite do FIG 2018. Sempre muito feliz em participar do grande evento, o cantor presenteou o público com sua experiência de longa data no cenário musical. Lula Queiroga é do Recife. No repertório, músicas do seu álbum "Aumenta o Sonho", lançado em 2017. Ele também revisitou clássicos de sua carreira como "A Balada do Cachorro Louco".
A penúltima atração da noite, e do FIG, foi a Nova Cena Pernambucana, grupo composto por Juliano Holanda, Aninha Martins, Flaira Ferro, Isaar, Isadora Melo, Martins, Almério, Amaro Freitas e Romero Ferro, todos artistas pernambucanos.
O grupo contagiou a Praça Mestre Dominguinhos com uma apresentação de gala, com destaque para o ótimo entrosamento dos artistas. Em dia de praça completamente lotada, a música pernambucana marcou presença com um maravilhoso coro de vozes que se afinavam de maneira esplêndida.
Perto do fim do show, os cantores fizeram uma formação em linha e dividiram cartazes que diziam: "Lula livre", "Marielle Vive" e "Amor x Trans. O FIG ia se despedido com a diversidade musical do nosso estado, traduzida naquele momento pela Nova Cena Pernabucana.
Quem encerrou a noite, e a 28ª Edição do Festival de Inverno de Garanhuns foram os Titãs. Em um show memorável, repleto com sucessos consagrados da banda, como "Sonífera ilha e Polícia", além de novas canções do projeto mais recente, o grupo deu o seu recado com música de qualidade. Cada vez mais descaracterizado de sua formação inicial, mas com a mesma pegada e DNA de sempre, Titãs, com seus 34 anos de estrada não deixou nem um pouco a desejar, levando o público ao completo delírio durante sua apresentação magnífica.
EPÍLOGO
O FIG 2018, sem sombra de dúvidas, foi o mais polêmico da história. Marcado por um forte antagonismo moral, que opôs o respeito ao sagrado versus a não menos sagrada liberdade de expressão. O evento deste ano teve como tema de debate e reflexão, um grito de Viva à Liberdade. No calor das discussões, um lado insistia em pedir tolerância sem ser tolerante. Em certos casos pontuais chegou a ser ofensivo e desrespeitoso, principalmente com a fé de quase um país inteiro. Já uma boa parte do outro lado, tratou a questão com uma dose exagerada de ódio, xingamentos, incompreensão, desconhecimento e homofobia.
Sabemos que o grupo formado por homossexuais e transexuais, há décadas, vem sendo vítima do preconceito, discriminação e violência. O Brasil é o país do mundo onde mais se mata homossexuais. É preciso colocar o dedo nessa ferida e a arte é um dos caminhos para que possamos compreender e entender melhor o próximo.
Apesar da polêmica, não se pode dizer que o 28º FIG fracassou de todo. As tensões observadas foram casos pontuais que tomaram uma grande dimensão, potencializados por discussões sobre censura, preconceito e tolerância. No mais, o Festival de Inverno como bem frisou a Fundarpe em seu balanço, confirmou nesta edição sua grandiosidade artística e consolidou-se como o maior evento de artes do País no formato que garante programação de todas as linguagens. Ele lembra ao povo brasileiro, ainda segundo a Fundarpe, sobre a importância da luta constante pela liberdade de expressão artística, religiosa, política, sexual e de pensamento, como caminho para construirmos uma sociedade tolerante, solidária e desenvolvida.
Fotos e complemento de informações: SECOM PMG
Sabemos que o grupo formado por homossexuais e transexuais, há décadas, vem sendo vítima do preconceito, discriminação e violência. O Brasil é o país do mundo onde mais se mata homossexuais. É preciso colocar o dedo nessa ferida e a arte é um dos caminhos para que possamos compreender e entender melhor o próximo.
Apesar da polêmica, não se pode dizer que o 28º FIG fracassou de todo. As tensões observadas foram casos pontuais que tomaram uma grande dimensão, potencializados por discussões sobre censura, preconceito e tolerância. No mais, o Festival de Inverno como bem frisou a Fundarpe em seu balanço, confirmou nesta edição sua grandiosidade artística e consolidou-se como o maior evento de artes do País no formato que garante programação de todas as linguagens. Ele lembra ao povo brasileiro, ainda segundo a Fundarpe, sobre a importância da luta constante pela liberdade de expressão artística, religiosa, política, sexual e de pensamento, como caminho para construirmos uma sociedade tolerante, solidária e desenvolvida.
Fotos e complemento de informações: SECOM PMG
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