Professora da rede municipal e aposentada da rede estadual, a candidata do PSTU ao governo do estado, Simone Fontana, acredita que as eleições são apenas um momento para despertar a consciência dos trabalhadores. Em entrevista ao Diario de Pernambuco, ontem, ela disse que seu partido não espera a mudança da política por meio do voto, mas a partir de uma revolução da classe trabalhadora. A candidata negou, entretanto, que sua participação no processo democrático eleitoral seja uma contradição com o projeto de “tomada de poder” pelos trabalhadores defendido pela legenda.
Simone Fontana voltou a defender a criação de conselhos populares, formados nos bairros, a exemplo de como funcionaram os sovietes na Revolução Russa, que tinham poder executivo e legislativo. Na opinião dela, os conselhos seriam uma forma de proteger os direitos dos trabalhadores, atuariam na questão da segurança das comunidades e pautariam o parlamento. Essas instâncias decidiriam quem poderia, por exemplo, usar armas para proteger os moradores. “A gente quer que o trabalhador assuma o poder e assuma o comando das suas vidas”, disse a candidata do PSTU, que vai na contramão da onda liberal que tomou conta de muitos discursos políticos na disputa nacional de 2018. A plataforma do PSTU se inspira na Revolução Russa e, segundo ela mesmo admite, não vigora mais em nenhum outro país do mundo.
A entrevista com Simone Fontana foi realizada em parceria com o Politéia, Instituto de Política da Universidade Católica. A postulante ao cargo de governadora de Pernambuco também descartou que pudesse ser comparada ao presidenciável Jair Bolsonaro (PSL), por defender o uso de armas para autodefesa. “Quem defende o Bolsonaro defende mais ainda ricos para atacar os sem-terra, os índios, os quilombolas. Nós, não”.
Do Diário de Pernambuco
PARA VER ÍNTEGRA DA ENTREVISTA,CLIQUE AQU
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Postagens ofensivas não serão publicadas.