O juiz federal Sérgio Moro está em momento de reflexão. Para interlocutores, tem dito que a conversa com Jair Bolsonaro, marcada para esta quinta-feira (1º), não será definitiva. Ele foi convidado pelo Presidente Eleito para ocupar o superministério da Justiça que englobaria ainda a CGU e o atual Ministério da Segurança.
Será um encontro para saber se há de fato uma "sintonia de pensamento" sobre as ações do futuro governo Bolsonaro nas áreas de Justiça, segurança pública e combate à corrupção.
Se depender de Bolsonaro, Moro será a principal referência de um ministério de notáveis. Em entrevista nesta quarta (31) ao Jornal da CBN, o futuro ministro da Defesa, general Augusto Heleno, foi direto: “Torço muito para que Moro aceite”.
Em conversas reservadas, Moro tem argumentado que, dependendo do entendimento do presidente eleito, será possível fazer uma ação forte na área de combate à corrupção e também de combate ao narcotráfico. E ao mesmo tempo, barrar movimentos políticos para inibir avanços conquistados na Operação Lava Jato.
Ele tem refletido também sobre a obrigatoriedade constitucional de pedir exoneração para ocupar o cargo de ministro da Justiça.
Já no caso de um eventual convite para ministro do Supremo Tribunal Federal (após a abertura de uma vaga no tribunal), não haveria esse impedimento.
Moro está consciente de que receberá duras críticas do PT, caso aceite integrar o governo Bolsonaro. Isso porque legitimaria todo o roteiro do partido de que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi preso por perseguição política da Justiça.
Sobre isso, Moro tem dito que o PT fará críticas de uma forma ou de outra. E que esse tipo de crítica não será levada em consideração na sua decisão sobre ir ou não para o governo Bolsonaro.
— Com informações de Gerson Camaroti, do G1
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Postagens ofensivas não serão publicadas.