Jucélio e sua filha de quatro anos, no Recife |
Os filhos são os Calcanhares de Aquiles dos adultos. Nada afeta mais o emocional de um pai ou de uma mãe que ver o filho passando por uma situação complicada, humilhante ou constrangedora. No caso de Jucélio Ferreira de Lima, residente em Garanhuns, o constrangimento foi ver sua filha de quatro anos passar a noite ao relento no IMIP tentando de algum modo dormir nos desconfortáveis bancos que ficam em frente à emergência daquele hospital. Indignado e envergonhado por não ter podido dar o conforto que a filha merece e tem direito, ele procurou a imprensa local para fazer um desabafo.
Jucélio diz que a filha dele faz tratamento no IMIP desde que nasceu. Na semana passada, dia 21 de janeiro, ele se descolou até o referido hospital com a filha se utilizando do Serviço de Transporte Fora do Domicílio, disponibilizado pela Prefeitura de Garanhuns, o TFD. Ele conta que chegou de 8 da manhã na capital e só foi atendido depois das 16 horas, já que o médico atrasou muito neste dia. 16 horas foi o horário que o ônibus do TFD retornou a Garanhuns, mas, como dito acima, nesse momento Jucélio ainda estava em atendimento com sua filha.
O pai disse que o pessoal do TFD ligou por volta das 15h40min avisando da partida do ônibus às 16 horas e que não tinha como esperar por ele. Às 17h30min Jucélio recebeu outra ligação dos servidores do TFD orientando-o a ir para a Casa de Apoio de Garanhuns, que fica no bairro de Santo Amaro. "Nesse momento eu fiquei com medo. Tentei explicar a eles que não tinha dinheiro e nem sabia como chegava na casa de apoio, afinal eu nem sei andar por lá (pelo Recife), não tenho noção onde fica santo Amaro . Tive que ficar lá no IMIP com minha filha e rezei muito pra não chover. Ficamos desamparados", frisou .
Jucélio relatou que no dia seguinte o TFD ligou para avisar que o carro o iria buscar às 16 horas. Cansado da via crucis do dia anterior, ele ficou com a filha, vagando pelo IMIP até chegar a hora de finalmente ir pra casa, mas o ônibus atrasou. Na volta a Garanhuns, o Serviço de TFD o deixou com sua filha na avenida Júlio brasileiro, bem distante de sua residência, localizada no bairro da Boa Vista. "Minha revolta é porquê não puderam me esperar no dia da consulta, mas no dia seguinte o carro saiu meia hora após o horário estabelecido". frisou o pai da pequena paciente.
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