NOTA DE ESCLARECIMENTO DO SINDLOJAS, CDL E SINDEC GARANHUNS.
ANTES DE EXIBIRMOS A NOTA, CABE ALGUMAS OBSERVAÇÕES.
Uma entrevista concedida pelo prefeito Izaías Régis à rádio jornal neste sábado deixou representantes do comércio de Garanhuns confusos. Um dia antes, Régis havia reunido os empresários no Palácio Celso Galvão para debater algumas formas de encontrar uma possibilidade de abertura gradual do comércio, mantendo-se a segurança da população. Entretanto, no sábado, ele foi à rádio e informou que a abertura parcial e gradual do comércio de Garanhuns não caberia a ele, já que o Governo do Estado também editou decretos proibindo a abertura das lojas, excetuando-se, algumas situações como supermercados, farmácias, postos de combustível, entre outros. Na situação levantada, o prefeito de Garanhuns não poderia passar por cima do decreto estadual, sob pena de sofrer uma intervenção, como bem frisou o Ministério Público de Pernambuco.
Um áudio que tem circulado nas redes sociais, atribuído ao representante do CDL, Luiz Carlos de Andrade, alfineta o prefeito Izaías e traz uma visão bem realista da situação atual vivida por Garanhuns e pelo país, atualmente. Na fala, Luiz Carlos diz que o comércio da cidade, junto com a prefeitura, têm que encontrar uma nova forma de vida em meio à pandemia de coronavírus. "Isso é importante para que não haja no futuro próximo um colapso total da economia", frisou. Luiz ainda afirmou que a maioria dos comerciantes de Garanhuns já garantiu o salário de março aos seus trabalhadores e que isso tem feito com que o município ainda viva em um estágio de paz social, num momento de turbulência global como estamos vendo.
Ainda de acordo com o áudio do representante do CDL, nunca houve pressão das referidas entidades para que o comércio fosse aberto e, a reunião de sexta, 26, foi convocada pelo próprio prefeito e não pelos comerciantes.
Ainda de acordo com o áudio do representante do CDL, nunca houve pressão das referidas entidades para que o comércio fosse aberto e, a reunião de sexta, 26, foi convocada pelo próprio prefeito e não pelos comerciantes.
ABAIXO, ÍNTEGRA DA NOTA DE ESCLARECIMENTO
As entidades acima, representativas das classes empresariais e de trabalhadores do comércio de Garanhuns,
tendo em vista a disseminação de notícias tendenciosas nas mídias sociais, dando conta de que não estaríamos nos
importando ou fazendo pouco caso da atual situação que vem ocorrendo no mundo como um todo, mas
especificamente aqui em nossa cidade, esclarece:
Fomos convocados pela administração municipal para uma reunião dia 20 de março passado, com o sr.
prefeito Izaias Regis, para juntos vermos quais medidas deveríamos adotar, diante da grave pandemia que se
aproximava e de como nos adequar para resguardar vidas e não causar danos a economia local. Ouvidas as partes
presentes na reunião, formulamos entendimentos de um fechamento gradual, preferencialmente na parte da
manhã, aproveitando a movimentação bancária, cessando as atividades no período da tarde, bem como mantendo
todas as medidas sanitárias cabíveis, pois as noticias davam conta de que apenas em abril, se daria o pico do covid-
19, momento em que teríamos o fechamento total. Nossa intenção era minimizar os danos econômicos vindos na
segunda onda, afetando todos indistintamente. Sabemos que existe no país quase 14 milhões de desempregados e,
juntando-se a este grupo, um outro de quase 40 milhões de pessoas trabalhando na informalidade e isto por sí só, já
causaria o caos. Fomos vencidos em nosso pleito e o prefeito ao ouvir o alarmante aviso das autoridades sanitárias e
médicas presentes, optou pelo fechamento total. Medidas tomadas, logo mais haveria decreto do governo estadual,
tomando a mesma medida, excetuando-se desta, os serviços essenciais para manutenção da vida e de atendimento
médico, transporte e segurança.
Marcou-se para a semana seguinte, reunião de avaliação do quadro, ocorrendo esta na sexta, dia 27 de
março passado, onde foi sugerido formas de gradualmente abrir o comércio, pois havia sinalização do governo do
estado neste sentido, sugerimos também que o sr. prefeito envidasse negociações com a AMUPE, bem como
intermediasse negociações com o sr. governador neste sentido, sendo aceito pelo mesmo as sugestões. Finda a
reunião, somos pegos de surpresa com o conteúdo em entrevista concedida à rádio Jornal do Comércio, dando conta
de que as entidades representativas estavam pressionando o governo municipal a adotar medidas contrárias ao
decreto estadual, caindo em desobediência civil e que queria destas, documento assumindo total responsabilidade
pelas tais aberturas. Ora, as entidades acima, são jurídicas de direito privado e não detém poder de mando, quando
muito, apenas de negociação, não temos foça de poder público, cabendo esta ao município, estado e governo
federal. É mister salientar, que muitas das empresas, senão em sua totalidade, deixaram compromissos bancários e
mesmo com fornecedores, para pagar salários de março, pensando na classe trabalhadora, que diante de um quadro
incerto, teria que ficar em suas residências forçadamente.
Entendemos o esforço de todos neste momento, mas achamos que não cabe aqui auferir poder ou mesmo a
tentativa de incitar a população a crer que a culpa seria das entidades representativas das referidas categorias,
obrigando às empresas a abrir, pondo em risco a saúde de todos e assumir publicamente que queremos a
desobediência civil. Buscamos consenso e cremos firmemente no propósito de fortalecer parcerias, cujos benefícios
sejam para todos, afinal, somos pagadores de impostos, os quais retornam a população em forma de melhorias.
Queremos crer que no ímpeto do momento, palavras inadequadas foram usadas e que isto não reflete o
pensamento do sr. Prefeito Izaias Regis. Aproveitamos o ensejo para reafirmar nossos compromissos de fazer um
comércio forte e pujante e que em breve estaremos novamente trabalhando pelo engrandecimento de Garanhuns e
região.
Deus abençoe a todos!
Sindilojas Garanhuns – Reinaldo de Barros e Silva Junior
Sindec-GUS – Adjamiro Ribeiro Lopes
CDL Garanhuns – Luiz Carlos de Andrade
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