Com o aumento significativo no número de mortes no período de 24 horas por causa do coronavírus e a curva acentuada na estatística de casos confirmados, chegando a ultrapassar a China, marco zero da doença, o Ministério da Saúde já admite o agravamento da situação no Brasil. De acordo com o ministro Nelson Teich, o país pode chegar a ter mil mortes por dia.
De acordo com o último boletim epidemiológico divulgado pelo Ministério da Saúde, o Brasil registrou, nas últimas 24 horas, 435 mortes. O alto número tem sido uma constante. O recorde de óbitos contabilizados de um dia para o outro é o do boletim da última terça-feira (28), quando foram registradas 474 novas mortes. De acordo com Nelson Teich, as estatísticas podem subir ainda mais.
Em relação a um possível número de mortes, hoje a gente está perto de 500 mortes, 400. O número de 1.000, se estivermos num movimento, num crescimento significativo da pandemia, é um número que é possível acontecer. Não quer dizer que vai acontecer. A gente tem que acompanhar a cada dia para ver o que está acontecendo para tomar as decisões”, afirmou o ministro.
Junto com o número de mortes, sobem as estatísticas de casos confirmados da COVID-19. Já são 85.380 notificações registradas no Brasil, que ultrapassou a China, marco zero da doença, que confirmou 83.944 pacientes com coronavírus. De acordo com Teich, o ministério já mapeou os lugares mais críticos no país.
“A curva vem crescendo e há agravamento da situação. Isso continua restrito aos lugares que estão vivendo maiores dificuldades, como Manaus, Recife, Rio de Janeiro e São Paulo. Entendendo que Brasil tem que ser tratado de forma diferente, mas nesses lugares com um quadro de piora vamos continuar acompanhando para ver como vai ser a evolução”, concluiu.
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