O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) e a Polícia Civil investigam a contratação de uma médica pela Secretaria de Saúde de Calçado, no Agreste de Pernambuco. A denúncia aponta a mulher que trabalhou quase três meses no Hospital Municipal exercendo ilegalmente a profissão.
A denúncia chegou ao Ministério Público de Pernambuco no mês anterior. De acordo com a representação feita por um advogado, a mulher que se diz médica, atuou como plantonista entre os meses de junho e agosto deste ano. O fato chamou atenção dos moradores da cidade de pouco mais de 11 mil habitantes.
A TV Asa Branca conseguiu uma cópia do documento endereçado ao procurador geral de Justiça do Estado, José Dirceu Barros. A investigação aponte contratação suspeita de ilegalidade, sob possível exercício ilegal da medicina. O documento diz que a mulher atendia pacientes usando o registro profissional de uma médica recém-inscrita no Conselho Regional de Medicina de Pernambuco.
A contratação ocorreu pela Secretaria de Saúde do município durante a pandemia do novo coronavírus. De acordo com a secretária Mirtys Viviane Pedroza, a mulher teria entregue os documentos pessoais, certificado de conclusão de curso e uma declaração do Cremepe com o número de registro para exercer a atividade profissional
A Prefeitura de Calçado entrou na justiça com uma ação de restituição ao que foi pago em julho e julho como salário. "Ela não voltou mais no município. A gente ficou pedindo para ela ir apresentar a documentação e a todo momento ela não atendia a ligação", contou Mirtys Viviane Pedroza.
A TV Asa Branca localizou a mulher que está sendo apontada como falsa médica. Por telefone, ela disse que era formada em medicina pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), e teria estudado no Centro Acadêmico do Agreste, em Caruaru. Mas a UFPE nega o vínculo dessa mulher com instituição.
O Ministério Público de Pernambuco disse, por meio de nota, que o fato está sendo apurado, por meio de procedimento próprio, para responsabilizar a falsa médica como também os possíveis gestores, seja por ação ou por falta do dever funcional.
A assessoria de imprensa da Polícia Civil, informou, por meio de nota, que está tomando as medidas necessárias para o caso, e falou que vai se pronunciar quando as informações estiverem consolidadas. Até a publicação desta matéria, o Cremepe não se posicionou.
Com informações do G1
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