sexta-feira, 22 de abril de 2022

Rua onde Nayara de Melo morreu durante temporal em Garanhuns continua interditada um ano após a tragédia; Família luta por pensão vitalícia para os filhos, que dizem que mãe está no céu e virou uma estrelinha




Nayara de Melo

Uma tragédia que abalou a cidade de Garanhuns completou um ano nesta quinta. Era noite daquele  21 de abril de 2021 e nada indicava que fosse chover muito no município.  

De repente, em um fenômeno raro, uma chuva torrencial caiu sobre o centro de Garanhuns (75 milímetros em uma hora, segundo a APAC).  O termo raro é pertinente neste caso porque naquela noite teve pontos de Garanhuns que sequer choveu, tendo a volumosa precipitação pluviométrica se concentrado no centro. 

Nesse contexto, a Rua Antônio Paulo de Miranda foi o palco para um triste capitulo. A jovem Cláudia Nayara de Melo Claudino, 24 anos, estava inquieta naquela noite conforme gravações feitas por moradores da comunidade. Ela reclamava de uma cratera que havia sido aberta dias antes por conta de um estouro de uma tubulação da Compesa. 



Cratera onde Nayara caiu

Com a chuva daquela fatídica noite, outra cratera de dimensões semelhantes à primeira se formou e foi esse buraco para o qual Nayara foi sugada após se desequilibrar tentando ajudar populares a retirar um carro que caiu no local.

O corpo de Nayara foi encontrado por volta das 11 horas da manhã do dia seguinte a cerca de 1,2 Km de distância do ponto onde ela caiu. 

Um ano depois, a família de Nayara luta por justiça e convive com a dor da saudade. Os quatro filhos da jovem ficaram com a avó materna. Em entrevista à TV Asa Branca ela disse: "As crianças já sabem, (da morte) comentamos.  Sempre perguntam. Nossa mãe ta no céu né vovó? Virou uma estrelinha e a senhora agora é nossa  mãe e nossa avó"

Agricultor que achou o corpo de Nayara no Rio Mundaú

Também em entrevista à TV Asa Branca o esposo de Nayara, Júnior Araújo, mostrou desânimo com a lentidão da Justiça.  Segundo a reportagem, de autoria do repórter Joab Alves, a família luta para que os quatro filhos de Nayara tenham uma pensão vitalícia e contam com o parecer favorável do Ministério Público.  "Coloquei advogado, mas a Justiça é lenta, queria uma solução", disse o viúvo.

O MPPE, desde a tragédia, vem acompanhando a situação dos moradores da Rua Antônio Paulo de Miranda, em especial, a família de Nayara.  Em nota à TV Asa Branca, o órgão disse que recebeu do município um ofício informando sobre a situação da Rua onde Nayara morreu. O documento diz que foi  feito a troca da tubulação rompida, do pavimento, e a interdição do local. Ainda segundo o município, a Defesa Civil vem fazendo o trabalho de monitoramento da via. O município informou também que está próxima a data de abertura de uma licitação para finalizar a obra na rua visando liberar o trafego já que, de acordo com a reportagem da TV Asa Branca,  a via está interditada há um ano.


FOTOS DO RELATÓRIO PRODUZIDO PELO MPPE SOBRE O CASO











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