O vírus de Marburg é um primo do ebola e transmitido por morcegos. Detectado inicialmente na Alemanha em 1967, ele é altamente infeccioso e tem uma taxa de letalidade altíssima, de até 88%.
Na segunda-feira (13), autoridades de saúde da Guiné Equatorial confirmaram o primeiro surto do vírus. No mesmo dia da confirmação, o governo de Camarões detectou dois casos suspeitos do vírus em uma região da fronteira com a Guiné Equatorial.
Ainda não há vacina ou medicamento específico para o vírus. Após ser identificado na Alemanha em 1967, outros surtos e casos esporádicos do vírus foram notificados na África - nenhum no Brasil (leia mais abaixo).
1. O que é o vírus de Marburg?
O vírus de Marburg pertence à mesma família do ebola. Apesar de rara, a doença é altamente infecciosa e tem uma taxa de mortalidade de até 88%.
O primeiro surto do vírus foi detectado na cidade de Marburg, na Alemanha, em 1967. Das 32 pessoas infectadas nas antigas Alemanha Ocidental e Iugoslávia, sete morreram.
2. Como ele é transmitido?
Ele é transmitido aos humanos por morcegos frugívoros (que se alimentam de frutas) e se espalha através do contato direto com os fluidos corporais de pessoas, superfícies e materiais infectados.
3. Quais os sintomas?
A doença é grave e muitas vezes fatal. De acordo com a OMS, tem um período de incubação de 2 a 21 dias. O diagnóstico não é fácil, porque muitos dos sintomas são semelhantes a outras doenças infecciosas ou febres hemorrágicas virais. Entre os sintomas estão:
Febre;
Dor de cabeça;
Dores musculares;
Fadiga;
Vômito com sangue;
Diarreia.
4. Existe vacina?
Não há vacinas ou tratamentos antivirais aprovados para tratar o vírus. No entanto, a OMS diz que beber muita água e tratar sintomas específicos da doença melhora as chances de sobrevivência do paciente.
A organização diz que estão sendo estudados tratamentos potenciais, como terapias imunológicas, medicamentosas e vacinas.
5. Onde o vírus já foi notificado
Nesta semana, a Guiné Equatorial confirmou o primeiro surto do vírus. Testes preliminares realizados após a morte de pelo menos nove pessoas na província de Kie Ntem, no leste do país, deram positivo em uma das amostras para a febre hemorrágica viral.
No mesmo dia da confirmação, o governo de Camarões detectou dois casos suspeitos do vírus em uma região da fronteira com a Guiné Equatorial. Por conta dos casos, a Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou que aumentou sua vigilância epidemiológica na Guiné Equatorial.
Na África, surtos anteriores e casos esporádicos foram notificados em Gana, Angola, República Democrática do Congo, Quênia, África do Sul e Uganda, diz a OMS.
O vírus matou mais de 200 pessoas em Angola em 2005, o surto mais mortal já registrado, segundo a organização
Do G1
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