No festival onde a cultura reina, o palco que homenageia um de seus soberanos, o Mestre Dominguinhos, abriu sua programação no 31º Festival de Inverno de Garanhuns homenageando seu padrinho Os foles da Orquestra Sanfônica Mestre Dominguinhos fizeram as honras, esquentando o público com os majestosos clássicos do forró, xote e baião.
Da intensidade do Lamento Sertanejo ao romance do Eu Só Quero um Xodó, passando pela energia de Anunciação e a epopéia nordestina da Asa Branca. A orquestra trouxe convidados para engrossar o coro das sanfonas e das vozes, como Cezzinha, e contou com a empatia do público, sempre convocado a entoar o repertório de clássicos.
Durante o intervalo, o reisado tomou conta do palco, pra não deixar a cultura popular parar. Celebrando a memória de Gonzaga de Garanhuns, homenageado do FIG, o Reisado Garanhuns Cultural fez uma apresentação como convidado da noite. Seu filho, Clodoaldo Henrique de Lima, fez questão de exaltar o legado do pai.
Em seguida, foi a vez de Isaar, uma das maiores vozes da música pernambucana das últimas décadas. Com uma imponente cozinha percussiva, metais afiados, guitarra e baixo, passeando por sonoridades afrolatinas e regionais, a cantora estava sempre com suas maracas e agbês na mão. Isaar entoou a ciranda de Lia de Itamaracá e o brega de Reginaldo Rossi. Celebrou os povos indígenas e quilombolas, a natureza e a arte antes de cantar Olho d’Água, encerrando sua apresentação.
Dando sequência às grandes vozes pernambucanas, Lenine subiu ao palco. Trazendo o projeto Rizoma, tocado ao lado do filho, Bruno Giorgi. Sem deixar de fora seus grandes sucessos. O primeiro foi A Rede, canção de seu quarto álbum, Na Pressão, dono de várias de suas marcantes canções. Outros trabalhos de sucesso mais recentes, como Se Não For Amor Eu Cegue, também estiveram no repertório, que mesclou sonoridades mais acústicas com experiências eletrônicas. Para arrematar, o público cantou junto composições emblemáticas: Do It, Leão do Norte e Calma.
A governadora de Pernambuco, Raquel Lyra, esteve presente nos camarotes da Praça Dominguinhos e recebeu a imprensa nos bastidores do palco. “Trabalhamos o fortalecimento, extrapolando essa área do Palco Dominguinhos, chegando em comunidades quilombolas, trabalhando em toda cidade, valorizando o trabalho da cultura popular, do artesanato, do teatro, da música. Estamos fazendo um Festival de Inverno que abre as portas para um novo tempo, fazendo do nosso jeito, aperfeiçoando sempre”, declarou.
A noite foi encerrada com as vibrações positivas da Maneva. O reggae da banda paulista colocou a Praça Mestre Dominguinhos para pular. Canções autorais, como Luz que me Traz Paz, foram mescladas com as versões em reggaes, como o pagode Essa Tal Liberdade, canção emblemática do SPC, e levaram o público ao êxtase. Para cantar Lenine, convidaram o artista ao palco, para acompanhá-los em uma participação mais que especial. Anunciação, de Alceu Valença, fechou a noite de fina garoa, mas não tão mais fria, dando o tom do que deve ser a energia do FIG nos próximos dias.
Com Informações da Assessoria de imprensa da Secult
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