O ex-PM Samuel Ferreira da Silva, que, em 19 de setembro de 2020 matou a esposa, de 34 anos, e um jovem de 25 anos, na frente do 9° Batalhão da Polícia Militar de Pernambuco (BPM), na cidade de Garanhuns, com disparos de pistola calibre .40 (arma da PMPE), foi condenado a mais de 32 anos de prisão. Samuel já havia sido excluído da PM em 2021.
O acusado foi a júri popular na Comarca de Garanhuns nesta terça-feira (15). O julgamento foi presidido pela Magistrada Alyne Dionísio Barbosa Padilha.
Atuaram na sustentação da acusação, a Promotora de Justiça Ana Clezia Ferreira Nunes e o Promotor de Justiça Antônio Augusto de Arroxelas Macedo Filho, que foram designados pelo Procurador-Geral de Justiça Marcos Carvalho.
Relato do caso - Elizabete, então esposa do acusado, era uma empreendedora e mantinha um restaurante e uma floricultura na cidade de Garanhuns. No dia do fato, ela tinha se deslocado para a cidade de Bezerros, com uma amiga e Emiliano (segunda vítima), o que contrariou o acusado, que, por retaliação e sentimento de controle, monitorou o retorno das vítimas, acionando, inclusive, uma rede de informação que dispunha como policial da área de inteligência, e passou a perseguir o veículo.
Assustada, Elizabete dirigiu para a guarita do Batalhão local, onde foi morta ao desembarcar.
A segunda vítima, o colombiano Emiliano Enrique Araújo Colemares, foi arrancada do interior do carro e também “executada”.
O ex-policial foi condenado por duplo homicídio, duplamente qualificado, a uma pena total de 32 anos, 3 meses e 22 dias de reclusão, pela torpeza e recurso que impossibilitou a defesa das vítimas. Pelo contexto, a condição de gênero deixou de ser reconhecida numa votação apertada.
Uma das linhas de atuação da defesa do ex-pm, como forma de tentar diminuir a pena, foi a legítima defesa da honra e o pedido de clemência em nome dos filhos”, mas os pedidos não foram acolhidos pelo tribunal do júri
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