Embora não tenha comparecido ao sepultamento do seu pai, o deputado Fernando Rodolfo (PL) esteve no velório de Carlos Fernando dos Santos, ocorrido na Osacre em Garanhuns na última segunda-feira (18). O parlamentar vinha sendo questionado por alguns veículos de imprensa por uma suposta falta de sensibilidade neste momento tão delicado de sua vida pessoal. O UOL que publicou uma matéria com o título: DEPUTADO FALTA AO ENTERRO DO PRÓPRIO PAI PARA PRESIDIR VOTAÇÃO CONTRA CASAMENTO GAY.
Em nota o deputado se disse perseguido por alguns setores da imprensa e que as críticas visam atacá-lo quanto a sua postura na presidência da comissão da Câmara Federal que vai discutir a proibição do casamento gay no Brasil.
O pai do deputado faleceu na última segunda aos 67 anos quando perdeu a luta para um câncer agressivo. Era servidor público estadual e por muitos anos foi locutor de feiras agropecuárias em Garanhuns e região.
CONFIRA ABAIXO A NOTA DE FERNANDO RODOLFO
*NOTA À IMPRENSA*
Desde o início desta semana, tenho sido perseguido por setores da sociedade e da imprensa por ter pautado um projeto de lei que trata sobre o casamento homoafetivo na Comissão da Família, que presido com orgulho.
Quem me conhece sabe os meus valores e a responsabilidade que tenho em tudo o que assumo, tanto é que tive a confiança do meu partido para exercer tal função.
Aceito as críticas e estou pronto para o debate. No entanto, tudo tem um limite. No último domingo (17), meu pai biológico, que já enfrentava um sério problema de saúde, faleceu.
A bem da verdade, conheci o meu pai quando tinha 13 anos de idade e nunca compartilhamos de qualquer proximidade familiar. Porém, quando soube do seu estado de saúde, o procurei e levei minha solidariedade. Nesta última semana, ao tomar conhecimento da sua internação, cancelei minhas atividades em Brasília e me ausentei das votações no plenário para acompanhar de perto seu estado de saúde, ficando ao seu lado até o último dia de vida. No dia do falecimento, estive presente em seu velório até a madrugada.
De consciência tranquila, e tendo prestado as devidas homenagens, segui para Brasília para conduzir os trabalhos da comissão.
De forma desrespeitosa, e sobretudo desonesta, tenho sido atacado por pessoas e grupos que não têm conhecimento de minha vida e das humilhações que já passei.
Em respeito aos meus filhos, à minha família e à minha história, registro a minha indignação com o que estão tentando fazer e reitero que não abro mão das minhas convicções e não serei intimidado.
O que está em questão não é o falecimento do meu pai, e sim a minha postura como presidente da comissão.
*Fernando Rodolfo*
*Deputado federal*
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