Os casos de violência doméstica contra a mulher em Garanhuns são uma epidemia. E estamos falando apenas daqueles que são denunciados e chegam até as delegacias de Polícia Civil do Município, em especial à Delegacia da Mulher. Os que permanecem no anonimato por ameaça do agressor e medo da vítima podem ter incidência ainda maior, segundo pesquisas feitas por órgãos especializados em Segurança Pública.
De janeiro a setembro esse tipo de crime chegou a 808 ocorrências, uma média de 3 casos por dia. Os não denunciados ninguém sabe. Dentre os registros deste final de semana, um chamou a atenção pelo fato de o suposto agressor ser um policial militar aposentado, que passou talvez metade de sua vida combatendo todo tipo de violência
O caso ocorreu no último dia 29 no bairro do Magano. Segundo informações, um sargento da reserva da PM de 59 anos, agrediu violentamente sua esposa. Vizinhos ouviram gritos da vítima pedindo socorro e acionaram a PM. Ao chegar ao local os policiais confirmaram as denúncias e ouviram a mulher gritar: Me ajudem ele está batendo com minha cabeça no chão, o mesmo ouviram os vizinhos.
Caracterizado a agressão a PM tentou conter o acusado, mas ele se alterou e passou a xingar veementemente os colegas de farda de P. RRA E ME4DA sendo necessário o uso de algemas.
O mais curioso dessa história aconteceu na delegacia onde a mulher negou que tenha sido agredida pelo marido, embora os vizinhos e a própria PM tenham escutado os gritos de socorro. Segundo depoimento da vítima, os gritos ocorreram porque ela tava sentindo uma forte dor de cabeça ( enxaqueca)e não porque o marido a estava espancando.
O resultado foi que a mulher não representou contra o marido, mesmo diante das evidências, e a situação deve passar para o rol dos casos de violência contra a mulher onde o marido sai impune para voltar a espancá-la em um futuro bem próximo.
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