domingo, 4 de fevereiro de 2024

Garanhuns comemora 145 anos neste domingo, 04 de fevereiro; Conheça um pouco da história do município

 


Garanhuns está completando neste domingo, 04 de fevereiro, 145 anos de elevação à categoria de cidade. Entretanto, a história do município começou bem antes, por volta de 1654, sendo fruto de um encontro entre Domingos Jorge Velho, o avô de Simôa Gomes, e os negros do Quilombo dos Palmares. 

O velho Bandeirante, subestimando a força de Zumbi dos Palmares, foi acossado em sua primeira investida ao quilombo da Serra da Barriga, onde hoje está localizada União dos Palmares, em Alagoas, vindo se recompor aqui nos Campos do Unhauhus, uma tribo indígena que habitava a região. Passou 10 meses na primitiva Garanhuns para, só então, marchar como uma flecha fulminante rumo ao Quilombo, destruindo-o completamente. Na fuga desesperada, negros palmarinos para cá vieram formando outros quilombos menores. 

Deste encontro histórico e improvável, onde entraram em choque três raças com interesses totalmente diferentes, se formou o embrião do que hoje é Garanhuns e ele se gestaria no grande útero da Capitania de Ararobá até 1879, ano do nascimento do município.

VILA, DEPOIS CIDADE

Em Carta Régia datada de 10 de março de 1811, Santo Antônio de Garanhuns foi elevada à categoria de Vila e, 68 anos depois, em 04 de fevereiro de 1879, foi elevada à categoria de cidade. Um ano antes, em 1878, um personagem que viera para a Vila de Garanhuns descansar, mudaria o destino desta terra para sempre. Era o deputado provincial Silvino Guilherme de Barros, o Barão de Nazaré. Ele encantou-se de tal maneira com a beleza das Sete Colinas que voltou a capital decidido a torná-la cidade. Finalmente no dia 04 de fevereiro de 1879, sob força da Lei 1.309, aquele filho que foi fecundado lá no ano de 1654 nos verdes campos dos Unhauhus se tornou um ente municipal do Império.  Assim nasceu Garanhuns, a mais bela cidade deste estado chamado Pernambuco.


Ahh, íamos nos esquecendo. Embora tenha morrido bem antes da elevação de Garanhuns à categoria de cidade (1879) e até mesmo à vila (1811) não se pode desconsiderar a importância de Simoa Gomes para a formação do futuro município.

  Neta do homem que dizimou o Quilombo dos Palmares, Simôa não herdou o espírito belicoso do avô, mas a coragem era a mesma. Destemida, cavalgava varonilmente fogosos cavalos de seu pai na Fazenda Garcia sempre com uma pistola à cintura no mais original estilo setecentista. 


Em 1756, já viúva, Simôa doa sua herança à Confraria das Almas e foi este pequeno núcleo urbano entorno, com apenas 15 casas na época que deu origem à vila e posteriormente à cidade de Garanhuns. É isso. 

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