terça-feira, 5 de março de 2024

Em depoimento à PF, ex-comandantes do Exército e da Aeronáutica implicam diretamente Bolsonaro em suposta tentativa de golpe



Os ex-comandantes do Exército, Marco Antônio Freire Gomes, e da Aeronáutica, Carlos Baptista Júnior, envolveram diretamente o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em uma suposta tentativa de golpe de Estado, de acordo com os depoimentos prestados por ambos à Polícia Federal (PF).

Segundo informações da CNN Brasil, Freire Gomes teria confirmado a participação de Bolsonaro em reuniões que tratavam da chamada “minuta do golpe” – documento que seria o esboço de um decreto por meio do qual o ex-presidente tentaria interferir no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e reverter o resultado da eleição de 2022.

O depoimento de Freire Gomes à PF ocorreu na sexta-feira (1º) e durou quase oito horas. De acordo com os investigadores, o militar adotou uma postura colaborativa e, por isso, segue na condição de testemunha. O mesmo vale para Baptista Júnior, que depôs há algumas semanas

O ex-comandante da Marinha Almir Garnier, por sua vez, ficou em silêncio em seu depoimento à PF. Ele é um dos investigados por suposta participação na tentativa de golpe.

“Minuta do golpe”
A PF apura os desdobramentos da delação do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, sobre as reuniões que trataram da “minuta do golpe”. Mensagens de Mauro Cid a Freire Gomes, obtidas pela PF, indicam que o ex-presidente teria mexido no texto do suposto decreto.

Segundo as investigações, inicialmente o texto do decreto previa a realização de novas eleições e a prisão dos ministros Alexandre de Moraes e Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), além do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Bolsonaro teria mexido no texto e deixado apenas Moraes na lista de possíveis presos.

Com informações da Infomoney

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