Na mitologia grega, a Fênix era um pássaro que renascia das próprias cinzas. Dito isso, é apropriado falar, fazendo uma analogia com a lendária ave da antiguidade, que a Rua Antônio Paulo de Miranda, no centro de Garanhuns, renasceu das próprias crateras e buracos nos quais encontrava-se submersa, há não muito tempo atrás.
Foi uma verdadeira refundação, um resgate da dignidade dos moradores da localidade, que sofreram durante três longos anos com uma série de transtornos e gargalos que pareciam não ter fim. A acertada e necessária obra de drenagem e redimensionamento feita na via parece ter colocado um ponto final no sofrimento das famílias.
Hábitos simples, como guardar o carro na própria garagem, ou até mesmo puxar uma cadeira para para prosear na calçada eram inimagináveis há menos de dois meses atrás. A pavimentação com asfalto foi um ganho e agora, nós que moramos no perímetro da referida via, mudamos o itinerário das caminhadas e, é por ali, por aquele trecho refundado, que gostamos de queimar nossas calorias.
Por fim, não dá para falar da Rua Antônio Paulo de Miranda sem lembrar de Nayara Melo e da tragédia que se abateu sobre ela e sua família em abril de 2021.
Tragada pela força das águas, o que ocorreu com ela não deve ser esquecido. Talvez, além de ser refundada, a via devesse ganhar o nome de Nayara simplesmente para que a gente enquanto sociedade nunca se esqueça e nunca permita que tragédias como a que a levou tão jovem voltem a se repetir.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Postagens ofensivas não serão publicadas.