Audiência na Alepe (foto: Felipe Ribeiro, Folha PE) |
Alunos do curso de medicina da Universidade de Pernambuco (UPE) que funciona em Garanhuns, participaram nesta segunda-feira (18), de um encontro na Assembleia Legislativa (Alepe) para discutir a situação da graduação. Os estudantes estão em greve desde o dia 28 de maio e denunciam que faltam professores e equipamentos no campus, como mostra reportagem do NEtv 2ª Edição.
A audiência pública reuniu deputados, o reitor da UPE, Carlos Calado, alunos e um promotor de justiça do município. Os universitários falaram sobre os problemas da unidade e apresentaram uma extensa lista do que precisava ser resolvido. Entre os principais itens estão a estruturação do hospital escola, aumento no quadro de funcionários e laboratórios para prática.
“Do jeito que a faculdade está, é complicado. Ela vai ter que lutar muito e investir pesado para que as coisas aconteçam em um tempo hábil, e os primeiros estudantes tenham a oportunidade de se formar com decência”, reclamou o presidente do Centro Acadêmico, o estudante Carlos Fraga.
Carlos Calado reconheceu os problemas e disse que a universidade quer resolvê-los, mas não deu prazo. “As tramitações, as burocracias na liberação de recursos, muitas vezes não atendem aos prazos necessários. Fora isso, nós temos um concurso, que vai ser feito, e temos depois uma segunda etapa, de mais concurso, para docentes do campus de Garanhuns. De tal maneira que os problemas vão sendo superados”, tentou explicar o reitor.
Os deputados prometeram urgência para aprovar o aumento do número de professores, assim que o pedido do governo estadual chegar à Assembleia. A deputada Isabel Cristina (PT), presidente da Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa de Pernambuco, ressaltou o papel dela e dos colegas: “Se aumentam os cursos e o número de profissionais continua o mesmo, é lógico que tem uma conta matemática que precisa, também, ser ajustada. Então cabe a essa casa aprovar esse projeto para que aumente o número de profissionais que poderão ser incorporados à universidade”.
Para verificar a situação do curso de medicina da UPE de Garanhuns, o Ministério Público de Pernambuco acionou o Ministério da Educação, pedindo uma vistoria nas instalações e na qualidade do ensino do campus. “Nós acionamos o MEC, para que seja feita uma fiscalização no campus de Garanhuns, no curso de medicina, para ver se ele possui os requisitos necessários ao seu funcionamento”, explicou o promotor Alexandre Bezerra.
G1