sexta-feira, 14 de novembro de 2014

Marido de mulher que faleceu ao se jogar de prédio em bairro do Recife também morre em acidente ao se deslocar para o enterro da esposa

acidente carpina
Foto após o acidente - créditos Marlus Costa

Uma tragédia se abateu sobre um casal no dia de ontem (13/11/2014) no Recife. Pela manhã, uma mulher morreu ao se jogar do décimo andar do edifício Áuria Bayer no bairro da Madalena, no Recife RELEMBRE. As causas que a levaram a tirar sua própria vida de maneira tão trágica são desconhecidas.  O  que parentes e amigos, ainda abalados pelo suicídio, não poderiam jamais imaginar é que o marido da mulher morresse horas depois dela de forma igualmente triste. Ele se deslocou em um Siena do Recife em direção a Nazaré da Mata para participar do velório e enterro de sua esposa quando, nas imediações de Carpina ( BR-408), invadiu a pista contrária, bateu em um ônibus e morreu na hora. Uma mulher que vinha no banco do carona e trabalhava para a família foi socorrida para um hospital. No ônibus ninguém se feriu.

suicidio 2
Na manhã desta quinta (13/11) esposa se jogou de um prédio de 10 andares na Madalena

OPERAÇÃO OMNI:Justiça Federal em Garanhuns nega pedido de liberdade a acusada de fraudar Previdência


A 23ª  Vara da Justiça Federal, subseção Garanhuns, negou pedido de liberdade provisória a Lúcia de Fátima de Lira Ribeiro. Ela foi uma das pessoas presas pela Polícia Federal no final do mês passado na Operação OMNI, deflagrada para desarticular uma quadrilha que fraudava a previdência em cidades pernambucanas. Estima-se que a fraude tenha causado um prejuízo de cerca de 12 milhões de reais aos cofres públicos. Além de Lúcia, foram presas mais 12 pessoas, entre elas, Flávio Eduardo Francisco da Silva, servidor do INSS, residente aqui em Garanhuns, cuja prisão foi considerada uma trapalhada da PF, já que ficou provado que o rapaz nada tinha a ver com a pilantragem que ocorria no esquema criminoso. Com a decisão, Lúcia continua cumprindo a prisão preventiva decretada no dia da operação OMNI.

quinta-feira, 13 de novembro de 2014

Oportunidade de emprego em Garanhuns com salário de 1. 500 reais mais comissão



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Confira resumo e depoimentos do 1º dia de júri de trio acusado de canibalismo em Olinda e Garanhuns

Carnificina na casa dos horrores superava o filme Jogos Mortais, disse uma das acusadas em depoimento prestado nesta quinta-feira (13/11/2014)


Após dez horas de julgamento, chegou ao fim o primeiro dia de audiência do trio acusado de matar, esquartejar, ocultar o cadáver e praticar canibalismo contra a adolescente Jéssica Camila, em Olinda, há seis anos. A filha da vítima, que estava em poder dos três, na época com dois anos, também teria comido a carne da própria mãe. Nesta quinta-feira (13), pela primeira vez, os três acusados conhecidos como 'Canibais de Garanhuns' quebraram o silêncio e se pronunciaram sobre os crimes. O professor de educação física Jorge Beltrão, 53, confessou ter matado a vítima. Por sua vez, as outras acusadas, Isabel Pires, 53, e Bruna Silva, 24, admitiram auxiliar na ocultação de cadáver e apontaram o réu como líder do grupo. A sessão será retomada nesta sexta (14), às 9h.

Relembre o caso

O julgamento acontece no Fórum de Olinda e é presidido pela juíza Maria Segunda Gomes de Lima. O trio começou a ser investigado em 2012, após a descoberta de restos mortais na residência onde eles viviam, em Garanhuns, no Agreste - município onde ocorreram outros dois crimes pelos quais o trio ainda não foi julgado. Na época, à polícia, os três acusados disseram ter cometido os assassinatos porque faziam parte de uma seita conhecida como "Cartel". Ainda disseram que carne humana teria sido usada para a fabricação de empadas e coxinhas que eram vendidas na cidade. O trio responde por homicídio quadruplamente qualificado - por motivo fútil, com emprego de meio cruel, sem dar chance de defesa à vítima e para assegurar impunidade -, ocultação de cadáver, entre outros crimes. 

Ainda nesta quinta, forma ouvidas as testemunhas e os réus. Terminada a fase de depoimentos, terão início, nesta sexta, os debates, que podem durar até nove horas. Ao fim dessa etapa, os jurados, em sala reservada, responderão aos questionamentos que definirão se os réus serão condenados ou absolvidos. Por último, a magistrada retorna ao salão do júri para ler a sentença.

A defesa insiste na tese de que eles apresentam distúrbios mentais, no entanto, o laudo psiquiátrico solicitado apresentou resultado contrário.De acordo com a promotora Eliana Gaia, os três são lúcidos. "Eles foram submetidos a exames psiquiátricos. Jorge é inteligente e manipulador e inventou sofrer de esquizofrenia paranoide (doença que causa alucinações de vozes e delírios de perseguição). Ele tem uma maldade incomum", declarou. Por sua vez, a defensora Tereza Joacy disse que Jorge estaria tomando medicações que o levavam a ter os sintomas da esquizofrenia. "Ele não tinha a doença, mas apresentava os sintomas causado pelas drogas", explicou. O advogado de defesa Paulo Sales se baseou na tese de exclusão de culpabilidade, alegando que Isabel Pires teria praticado o  crime sob coação.

O júri popular atrai a atenção da sociedade, inclusive, de importantes nomes da criminologia do país. Atenta ao caso há dois anos, a pesquisadora e escritora Ilana Casoy está na primeira fila da audiência. Reconhecida internacionalmente pelas consultorias que presta para a polícia, ela já chegou a entrevistar o trio. A especialista já confirmou que fará um documentário sobre o caso. Ela tem quatro livros publicados, entre eles: O Quinto Mandamento, que narra o assassinato do casal Richthofen, e A Prova é a Testemunha, sobre o caso Nardoni. Outro assento é ocupado pelo jurista José Paulo Cavalcanti Filho, biógrafo de Fernando Pessoa e membro da Comissão Nacional da Verdade.

O julgamento - Testemunhas

A primeira testemunha a depor, na manhã desta quinta-feira, foi o psiquiatra Lamartine de Holanda. O especialista foi enfático ao dizer que Jorge Beltrão não sofre de esquizofrenia. "A esquizofrenia é uma forma de rotular algo que não existe. Mesmo assim, das várias formas de se interpretar essa 'doença', nenhuma se aplica ao caso", declarou. A testemunha de acusação trabalhou como perito no caso. O laudo psiquiátrico, solicitado pela defesa, mostrou resultado contrário. "Os três são independentes e mentalmente sãos", concluiu.

Em seguida, o delegado Paulo Berenguer, responsável pelo inquérito policial que investigou o caso, prestou depoimento. De acordo com ele, os três confessaram o crime e cada um tinha uma responsabilidade na ação. "Isabel, por exemplo, cooptou Jéssica. Eles também admitiram o canibalismo. A carne era temperada normalmente pelas acusadas e servida junto com o resto normal de comida. A idéia era comer a carne purificada da vítima para que a purificação atingisse a todos", acrescentou. Segundo Berenger, Paloma, de Lagoa do Ouro; Maria, de Garanhuns e Yolanda, de Olinda, seriam as próximas vitimas. "Eles ofereciam empregos de doméstica pagando um valor maior que o do mercado", esclareceu o delegado.

O julgamento - Acusados

Jorge Beltrão Negro Monte da Silveira 


Por volta das 13h30, o primeiro acusado começou a prestar depoimento. Jorge Beltrão, apontado como mentor dos crimes, contou - de olhos fechados - os detalhes do esquartejamento, mas negou que a carne humana tivesse sido usada na produção de salgados vendidos em Garanhuns, no Agreste. Além disso, o réu alegou nunca ter siso entrevistado pelo psiquiatra forense Lamartine de Holanda. Disse tomar remédio controlado e confirmou que a morte de Jéssica estava escrita no livro "Relatos de um Esquizofrênico", de sua autoria. 

Ainda durante o depoimento, alegou estar arrependido da morte de Jéssica e dos crimes praticados em Garanhuns, mas não quis falar sobre os casos do Agreste. "Foi um momento de extrema fraqueza e me sinto na posição das pessoas que perderam seus entes queridos. Minha verdadeira prisão é minha consciência. Meus colegas de cela ficam agoniados quando estou sem remédio porque dizem que eu fico nervoso, agitado.  Mas eu não lembro disso. Essa depressão é por causa das vítimas", disse.  

Quando questionado sobre quantas pessoas tinha matado, foi categórico ao dizer que foram "só as três". "Foi uma extrema fraqueza", falou para justificar a morte da adolescente. Sobre a seita 'Cartel', disse que a criou há muito tempo, mas não havia atividade. "Cheguei a fazer doações para ONGs e umas três ou quatro famílias. Fazíamos doações de alimentos e denominamos de Cartel. Foi quando resolvi fazer esse trabalho com Bel e Bruna". 

E terminou o depoimento pedindo para rezar. "Pai celeste, em nome do seu filho Jesus, obrigado pela oportunidade de falar a verdade. De estar aqui pagando por algo que fiz. Também gostaria de pedir consolo para as famílias que perderam seu parentes e também por Bel e por Bruna".

Isabel Cristina Pires da Silveira 


A primeira das mulheres a se pronunciar foi Isabel Pires e o depoimento durou aproximadamente duas horas. A acusada disse não ter participado da morte de Jéssica. "A conheci porque estava querendo um filho para criar e fiquei comovida com a menina (filha da vítima), que estava desnutrida", contou. "Entendo que ajudei na ocultação do cadáver, mas não estava na hora do esquartejamento. Eu subi, fiquei com a criança. Quem esquartejou foi só o Jorge". E detalhou a execução. "A Bruna pegou a faca das minhas mãos e entregou ao Jorge para que ele a matasse. Eu estava segurando a pequena. Fiquei muito nervosa. Ela disse que comeu a carne de Jéssica grelhada com arroz. A criança também comeu. Ela estava lá com a gente, estava fazendo parte da família".

No depoimento, justificou o silêncio diante dos crimes do marido. "Sou dependente emocional de Jorge. Fiquei calada com medo de que ele me deixasse", confessou. Isabel Pires confirmou que também se alimentou da carne de Jéssica, mas negou os salgados. "A parte da coxinha não era verdade, eu inventei porque estava com medo de apanhar na delegacia e queria ir para o Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico (HCTP) com eles", disse. Segundo ela, Bruna Silva, a outra acusada, ligava para as vítimas, mas Jorge Beltrão era o responsável pela seleção. Ainda disse não ter participado das outras mortes. "Havia uma outra pessoa a ser executada. Porque o Jorge tinha esse negocio de Cartel. Mas antes de Jéssica não teve morte alguma", salientou. 

"Os objetivos eram purificação, cuidar das pessoas, procurar aquelas pessoas que tinham problemas, não trabalhavam e não tinham objetivo", concluiu a ré. 

Bruna Cristina de Oliveira da Silva

De acordo com a acusada, Jéssica foi escolhida por ser uma menina de rua, mas havia outra pessoa para ser levada. "Uma tal de Jandira, outra moradora de rua que tinha 20 anos. "A gente ia sequestrar a criança, mas não tínhamos condições de pagar pelo registro. Por isso, decidimos pegar a Jéssica que era mais nova e mais humilde. Era uma presa mais fácil". Além disso, Isabel a teria escolhido porque Bruna poderia se passar por ela. A criança acabou sendo registrada duas vezes. Ao detalhar a morte da adolescente, a ré também alegou não ter participado do esquartejamento.

"Por medo, por ameaça do meu pai, tive que fugir de casa e não dei qualquer noticia para a minha mãe durante sete anos. Eu fiquei apavorada. Nunca vi isso nem em filme. Jogos Mortais perdia. Minha Nossa Senhora, tremi tanto. Eu e Isabel limpamos tudo e pegamos os restos mortais. O Jorge cavou quatro buracos", explicou. A acusada, no entanto, diferente da outra ré, disse que a menina não comeu a carne da própria mãe. "Eu comi porque o Jorge disse que na Bíblia estava escrito que se matasse tinha que comer. Mas eu revirei a Bíblia toda e não achei isso", debochou.

Segundo ela, o comportamento do acusado mudou com o passar do tempo. "No começo de tudo, o Jorge parecia ser um homem normal, mas ao conviver com ele fui começando a ver as bipolaridades mentais", destacou. Ao ser questionada sobre a sanidade dele pela promotoria, não hesitou. "Normal ele não é".

O sarcasmo da acusada durante as resposta levou Eliana Gaia a pedir seriedade e a perguntar o porquê dela rir pelo canto da boca ao lembrar o caso. "Eram eles que me mandavam fazer as coisas. Eu só tinha que fazer. Crime de falsidade ideológica e participar de homicídio. Tudo ideia deles", tangenciou. Para a defesa, Bruna Silva disse que Jorge Beltrão era o líder do Cartel, embora, em depoimento, o acusado tenha dito que não existia líder na seita. "Hoje eu sou uma pessoa que tenho que pagar pelo que fiz, pelas coisas que eu encobri. Gostaria de pedir perdão a Seu Emanuel, pai de Jéssica, apesar de eu não conhecê-lo", concluiu.

Perfil dos acusados e das vítimas que confessaram ter matado

Os réus


Isabel Cristina Pires da Silveira

Dona de casa - alega sofrer de esquizofrenia
Casada com Jorge Beltrão há mais de 30 anos
Confessou à polícia a morte de oito pessoas
Cozinhava a carne para alimentar o trio e rechear salgados vendidos em Garanhuns
Está na Colônia Penal Feminina de Buíque

Jorge Beltrão Negromonte da Silveira

Faixa preta de karatê, professor de educação física
Confessou a execução de Jéssica e mais duas mulheres
Responsável por cortar a cabeça das vítimas, esquartejar os corpos e retirar as carnes
Escreveu o livro Revelações de um Esquizofrênico, com detalhes dos crimes
Está no Complexo Prisional do Curado

Bruna Cristina de Oliveira da Silva

Na adolescência, conheceu os outros suspeitos e passou a viver com eles
Mantinha relacionamento amoroso com Jorge
Era responsável por levar as vítimas para a residência
Ajudava a imobilizar as mulheres e retirar as carnes dos corpos
Confessou a execução de Jéssica e mais duas mulheres
Está na Colônia Penal Feminina de Buíque

As vítimas oficiais


Olinda
- Jéssica Camila da Silva Pereira, 17 anos
Estava desaparecida desde 2008. Os restos mortais foram encontrados após quatro anos

Garanhuns

- Giselly Helena da Silva, 21 anos, conhecida como "Geisa dos Panfletos"
Estava desaparecida desde o dia 25 de fevereiro de 2012
- Alexandra da Silva Falcão, 20 anos
Estava desaparecida desde o dia 12 de março de 2012

Fonte: Diário de Pernambuco



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Eu estava lá no meio e via tudo, mas não gostava do que fazia, disse Bruna / Fotos: Hélia Scheppa
Eu estava lá no meio e via tudo, mas não gostava do que fazia, disse BrunaFotos: Hélia Scheppa
Tranquila e falando em tom de naturalidade sobre a morte da moradora de rua Jéssica Camila da Silva Pereira, 17, a acusada Bruna Cristina, 28 anos, contradisse, no fim da tarde desta quinta-feira (13), o que foi dito no interrogatório dos outros réus, Jorge Beltrão, 52, e Isabel Cristina, 53. Ao contrário do que eles haviam afirmado, segundo Bruna, a filha de Jéssica, de 1 ano, não viu a mãe sendo morta nem comeu a carne dela. Bruna ainda negou ter assassinado a vítima, mas confessou ter ajudado a segurá-la com Isabel, antes de Jorge desferir a facada no pescoço que a matou.

"Eles traziam as vítimas, não era eu que trazia. Eu estava lá no meio e via tudo, mas não gostava do que fazia. Não me acostumei e queria que aquilo acabasse, mas eu não tinha como fazer aquilo acabar. Hoje, eu me sinto uma pessoa livre, apesar de ser presa", respondeu Jéssica a um dos sete jurados, que pela primeira vez no julgamento indagou um réu.


Durante a sua fala, que durou mais de uma hora, Bruna provocou risadas na plateia, pelo seu jeito de relatar o crime e a convivência com os outros acusados. "Jorge falou que, se matasse, tinha que comer, porque estava na Bíblia. Mas eu revirei a Bíblia de um canto a outro e não tem isso em lugar nenhum", afirmou. Outro momento foi o que a juíza questionou se ela havia feito coxinhas com carne humana e a acusada respondeu: "Está repreendido!", disse. A promotora  Eliane Gaia chegou a pedir que ela tratasse o júri com seriedade.


Questionada, Bruna admitiu que já foi agredida por Jorge (foto)
Jorge Beltrão Negromonte
A acusada contou que o objetivo inicial de Isabel era de sequestrar a filha de Jéssica, um bebê de um ano à época, depois de conhecê-las em Boa Viagem, na Zona Sul do Recife. No entanto, sem conseguir, acabou levando Jéssica para casa e falsificou os documentos usando Bruna, já que as duas tinham idades próximas. De acordo com o relato dela, depois os homicídios aconteceram.

Bruna afirmou ter ficado aterrorizada e arrependida pelos crimes, mas alegou não ter denunciado por amor a Jorge e medo de tornar-se vítima. "Amava muito ele, ele foi meu primeiro homem, meu primeiro namorado", disse.

Bruna ressaltou que Jorge tem problemas mentais, enfatizando o fato de ter ido à perícia do INSS com ele. Porém, acabou admitindo que não. "Do jeito que ele orientou a senhora, a senhora acha que ele é doido?", questionou Eliane Gaia. Após uma pausa, a ré disse que não.


Durante a toda a sua fala, ela colocou a culpa nos outros dois. "Isabel não tinha documento falso, mas em compensação fazia estelionato com o rosto"

"Quem determinou a morte de Jéssica foi Isabel, porque ela (Jéssica) queria sair de casa. Elas duas estavam brigando quando eu e Jorge descemos para ver o que estava acontecendo. A criança [filha de Jéssica] ficou lá em cima. Não viu nada nem os crimes de Garanhuns", disse. O trio é acusado de outras duas outras em Garanhuns e ainda será julgado pelos crimes.

JÚRI É SUSPENSO: JUÍZA, ADVOGADOS E PROMOTORA COMENTAM 1º DIA


A audiência desta quinta foi suspensa  por volta das 19h30min a pedido das partes. “Esse primeiro dia foi muito positivo para o Ministério Público. Houve contradições naturais nos depoimentos dos réus, mas eles confessaram todos os crimes. Eles tinham adotado a linha de não falar nada na audiência anterior, mas hoje resolveram falar e contaram as verdades deles. Tenho confiança na condenação", disse a promotora Elaine Gaia. 

“Hoje foi bom porque Bruna falou a verdade e a tese da defesa é para atenuar a pena por ela estar sendo sincera", disse o advogado dela, Rômulo Lyra. “A avaliação é positiva com a confissão dos acusados, porque a gente não tinha ouvido ainda eles. E amanhã [sexta] vou pedir a retirada de agravantes e uma semi-imputabilidade, o que reduziria a pena de Jorge, pois ele não seria um louco, como diz o laudo, mas tem histórico de esquizofrenia", comentou a defensora pública Tereza Joacy.
“Analisando e somando as informações dos depoimentos de hoje, a defesa está convicta da tese de defesa e a Isabel será inocentada. Vamos usar a tese de coação moral irresistível, que a exime da culpa, pois praticou o crime sob estado de coação, ou seja, não é responsável pelo ilícito", disse o advogado Paulo Sales.

G1/NE10

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JÚRI DOS CANIBAIS: Isabel diz que usava grelha para preparar carne humana e que trio pretendia matar outra mulher em Garanhuns

Isabel relatou que uma grelha era usada para preparar a carne da vítima  / Foto: Luiz Pessoa/NE10
Isabel relatou que uma grelha era usada para preparar a carne da vítimaFoto: Luiz Pessoa/NE10
Bastante abalada e visivelmente nervosa, a ré Isabel Cristina Torreão Pires, 53 anos, segunda acusada a prestar depoimento no julgamento dos canibais na tarde desta quinta-feira (13), negou diante do júri que tenha participado do assassinato de Jéssica Camila da Silva Pereira, 17, confessando apenas ter ajudado na ocultação do cadáver. Segundo a acusada, o motivo de participar dos crimes era uma "profunda dependência emocional por Jorge". Isabel, Jorge Beltrão Negromonte da Silveira, 52, e Bruna Cristina Oliveira da Silva, 28, são acusados de matar, esquartejar e comer a carne da vítima. O crime aconteceu entre maio e junho de 2008. 
"Não participei da morte de Jéssica, apenas ajudei a ocultar o cadáver. Quem esquartejou foi Jorge", relatou à juíza Maria Segunda. Segundo a acusada, a ideia inicial do trio era apenas ficar com a filha da vítima. "Não chamei para nenhum trabalho não. Chamei apenas para ela morar com a gente e para cuidar da criança na nossa casa. Jéssica queria um lar para morar, então eu tive a ideia de levá-la para casa", afirmou a ré, contrariando os depoimentos dados à Polícia Civil na época da descoberta do crime, nos quais o trio afirmou que a jovem havia sido contratada como doméstica. 

Por diversos momentos durante as perguntas feitas pela juíza Maria Segunda, promotora do MPPE (Ministério Público de Pernambuco) Eliane Gaia e pelos advogados de defesa, Isabel afirmou ser dependente emocional de Jorge Beltrão. "Eu tinha muita amizade com ele. Mas também tinha muita independência emocional. Por isso que fazia essas coisas", alegou. A juíza voltou a insistir na questão em vários momentos do interrogatório. "A senhora não teve chance de contar às autoridades?", perguntou Eliane Gaia. "Sim, mas eu nunca conseguia. Eu era muito dependente dele emocionalmente", afirmava a ré, que por diversos momentos parava de falar por nervosismo.
No questionamento feito por Eliane Gaia, divergências nos depoimentos começaram a surgir. Sempre muito incisiva, a promotora afirmou à mais velha do trio que Jorge havia dito em julgamento que quem entregou a faca - objeto usado no assassinato de Jéssica - havia sido Isabel. "Jorge disse que foi a senhora que entregou a faca para ele. Se não foi a senhora, então ele está mentindo? Então ele não te ama, dona Isabel", alegou. Confusa, a ré demorou alguns instantes para responder e terminou por dizer: "Ou então ele não se lembra.

Isabel Cristina também confessou à promotora que a criança havia, sim, comido da carne da própria mãe. Questionada, divagou e disse: "Porque ela já estava lá (na casa) e fazia parte da família". A promotora perguntou ainda como a carne era preparada. "A gente usava uma grelha", afirmou.   
Outra questão levantada foi um suposto abuso sexual sofrido pela menor, acusação prontamente negada pela acusada. "Levamos ela para a médica, que disse que havia uma ruptura. Houve abuso sexual, mas não foi da gente. Ela já tinha passado pela mão de muita gente", alegou. Na época do crime, a menina tinha apenas 1 ano.  
Em todo momento, vítima alegou dependência emocional de Jorge
Em todo momento, vítima alegou dependência emocional de JorgeFoto: Luiz Pessoa/NE10
Entre outros itens debatidos pela promotora, um dos principais foi a suposta insanidade mental de Jorge Beltrão, apontado por diversas vezes como líder do trio. Isabel Cristina, com quem o acusado foi casado por quase 30 anos, relatou em todo o seu interrogatório que o companheiro tinha problemas mentais. "Desde que conheço Jorge que ele tem problemas mentais. Ele sempre teve isso de nervoso, de agitação", afirmou. Eliane Gaia, no entanto, rebateu a acusada: "Ele não é louco, dona Isabel. Nem ele, nem a senhora, nem Bruna. Insanidade não é como sarampo, uma doença que contagia todo mundo".


MAIS UMA VÍTIMA SERIA MORTA EM GARANHUNS

Um fato chamou a atenção no depoimento de Isabel Cristina. Segundo a cobertura do NE 10,  enquanto Jorge Beltrão Negromonte afirmou em seu depoimento que não havia mais mulheres a serem mortas, sua esposa confessou que mais uma vítima seria sacrificada em Garanhuns, caso o trio não tivesse sido preso em abril de 2012. De fato na época da prisão, investigações da Polícia Civil constataram que o trio estava atraindo uma terceira mulher com a falsa promessa de emprego e o plano só não se concretizou, segundo a polícia, porque a vítima havia perdido o ônibus no dia da suposta entrevista. No outro dia ocorreu o desnudamento do caso.  Veja abaixo




JÚRI É SUSPENSO: JUÍZA, ADVOGADOS E PROMOTORA COMENTAM 1º DIA

A audiência desta quinta foi suspensa  por volta das 19h30min a pedido das partes. “Esse primeiro dia foi muito positivo para o Ministério Público. Houve contradições naturais nos depoimentos dos réus, mas eles confessaram todos os crimes. Eles tinham adotado a linha de não falar nada na audiência anterior, mas hoje resolveram falar e contaram as verdades deles. Tenho confiança na condenação", disse a promotora Elaine Gaia. 

“Hoje foi bom porque Bruna falou a verdade e a tese da defesa é para atenuar a pena por ela estar sendo sincera", disse o advogado dela, Rômulo Lyra. “A avaliação é positiva com a confissão dos acusados, porque a gente não tinha ouvido ainda eles. E amanhã [sexta] vou pedir a retirada de agravantes e uma semi-imputabilidade, o que reduziria a pena de Jorge, pois ele não seria um louco, como diz o laudo, mas tem histórico de esquizofrenia", comentou a defensora pública Tereza Joacy.

“Analisando e somando as informações dos depoimentos de hoje, a defesa está convicta da tese de defesa e a Isabel será inocentada. Vamos usar a tese de coação moral irresistível, que a exime da culpa, pois praticou o crime sob estado de coação, ou seja, não é responsável pelo ilícito", disse o advogado Paulo Sales.

Mulher que matou o pai em Saloá é presa em Garanhuns prestes a fugir para SP

Uma mulher de 37 anos foi presa nesta quinta-feira (13) em Garanhuns. Ela é acusada de, no dia 18 de outubro, ter matado um homem de 71 anos, identificado como Roberval Florentino Alves, seu pai. Ele foi assassinado na Rua Getúlio Vargas, centro de Saloá. A prisão ocorreu na casa de um irmão dela no Bairro da Brasília.

A Polícia Civil afirmou que recebera informações de que a suspeita pretendia fugir para São Paulo, inclusive, já estava com passagem comprada. Ainda segundo relatos, ela também teria confessado a autoria do crime a algumas pessoas. Após a prisão a moça foi encaminhada para a cadeia feminina de Buíque.

Entenda o caso
Segundo as informações da Polícia Civil, prestadas na época do crime,  o pai chegou embriagado em casa e, após uma discussão com a filha de 37 anos, foi atingido com golpes mortais de faca-peixeira. Roberval ainda chegou a ser socorrido para o Dom Moura, aqui em Garanhuns, mas não resistiu e morreu.

Vídeo mostra mulher se jogando de 10º andar de prédio no Recife

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Um  vídeo que circula no Whatsapp mostra uma mulher se jogando do décimo andar de prédio no bairro da Madalena, no Recife. Segundo informações dos Bombeiros, o suicídio ocorreu na manhã desta quinta-feira (13/11) no edifício Áuria Bayer, rua Professora Anunciada da Rocha Melo, no referido bairro e as causas são desconhecidas. O vídeo mostra o momento exato em que a mulher pula da varanda.   No quartel do Corpo de Bombeiros, o clima entre os militares era de tristeza já que, apesar de todos os esforços, não conseguiu-se evitar que a mulher pulasse direto para a morte.


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Em depoimento no júri, Jorge Negromonte confessa que matou Jéssica e que comeu carne da vítima

"Foi um erro muito grave, monstruoso. Me arrependo muito", disse Jorge / Fotos: Luiz Pessoa/NE10
O réu Jorge Beltrão Negromonte da Silveira, 52 anos, primeiro acusado a prestar depoimento no julgamento dos canibais, confessou o crime e, pela primeira vez, se disse arrependido do assassinato de Jéssica Camila da Silva Pereira, 17, que aconteceu em 2008. O júri acontece no Fórum de Olinda, na Grande Recife, onde também estão sendo julgados pelo mesmo crime Isabel Cristina Torreão Pires, 53, e Bruna Cristina Oliveira da Silva, 28. Além de matar e esquartejar, eles são acusados de comer a carne da vítima. "Foi um erro muito grave, monstruoso. Me arrependo muito", disse Jorge. Diante do júri, ele ainda confessou o ato de canibalismo, mas afirmou que nunca vendeu salgados como coxinha ou empada com carne das vítimas, em Garanhuns, no Agreste de Pernambuco, para onde o trio se mudou após o assassinato. 
O réu não demonstrou nervosismo diante das perguntas
Olhando atentamente para a juíza Maria Segundo e bastante lúcido, o réu disse ainda que foi um momento de extrema fraqueza e brutalidade. Questionado pela magistrada se houve apenas três homicídios, Jorge afirmou que sim. A resposta causou indignação na plateia. O salão do júri está lotado. O delegado Paulo Berenguer, que conduziu o inquérito, afirmou mais cedo, em seu depoimento, que o trio planejava mais assassinatos.
"Esta seita, na realidade, foi algo criado por mim, Bel (Isabel) e Bruna. Há muito tempo eu tinha falado isso com uns amigos para ajudar as pessoas, mas ficou só na vontade. Foi quando eu decidir fazer este trabalho só com as duas", revelou. 
A juíza perguntou se Jorge tinha algo a acrescentar em seu depoimento e ele apenas pediu para fazer uma oração. Com o consentimento, o réu fechou os olhos e pediu perdão a Deus e aos familiares da vítima. 

Quando começou a interrogar Jorge Beltrão, a promotora Eliane Gaia, muito incisiva em suas colocações, questionou: "O senhor lembrou de fazer esta oração agora, mas também lembrou de fazer enquanto matava as vítimas?". O acusado respondeu: "Não. Naquela época, eu estava errado." 
A principal condução dos questionamentos de Eliane foi o ato de canibalismo. "O senhor comeu ou não a carne da vítima?". Jorge se recusou a responder. A promotora insistiu: "Comeu ou não comeu?". O réu respondeu que sim. A promotora trouxe ao discurso a religião do acusado, criador da seita O Cartel, que visaria à purificação do mundo. "Então Deus deve estar bastante chateado com o senhor". "Eu concordo com a senhora", falou.

Questionado se chegou a vender salgados feitos com carne humana, Jorge negou. No entanto, em seu depoimento ao delegado Paulo Berenguer, Isabel Pires afirmou que as coxinhas e empadas eram, sim, produzidas com a carne das vítimas. O réu explicou que ela teria confessado na delegacia porque teve medo de ser agredida. 
Jorge Beltrão confessou ainda que a filha de Jéssica, que ficou com o trio após o crime, assistiu ao assassinato da própria mãe. 

A promotora perguntou ainda: "Em seu livro, o senhor disse que se completasse quatro missões iria para o céu. Mas só completou três. E agora?!". Pela primeira vez, Jorge ficou calado por alguns segundos, e respondeu: "Eu já disse que estou arrependido." 

DEFESA - A estratégia adotada pela defensora pública Tereza Joacy foi provar ao júri que Jorge Beltrão tem problemas psicológicos, negado anteriormente pelo psiquiatra forense Lamartine Hollanda. Tereza questionou sobre as diversas consultas que o réu teria tido com psiquiatras para provar que ele lutava contra seus instintos. "Eu queria saber o que tinha", respondeu Jorge.
Em seguida, o advogado de Isabel Cristina, Paulo Sales, fez questão de livrar sua cliente do esquartejamento, o que foi confirmado por Jorge. "Ela não participou. Só trouxe Jéssica", afirmou. 
Já a defesa de Bruna Cristina perguntou o que ele sentia quando "ceifava" a vítima: "Um grande arrependimento mas tinha lógica", disse. Jorge disse que se elas tivessem se negado a participar dos crimes, eles não teriam acontecido. 
Os advogados de defesa pediram que as rés não fossem ouvidas na presença de Jorge Beltrão. A juíza acatou o pedido. 

VEJA MAIS TRECHOS DO DEPOIMENTO DE JORGE BELTRÃO NEGROMONTE PRESTADO NESTA QUINTA (13/11) CLICANDO AQUI


JÚRI DOS CANIBAIS DE GARANHUNS: delegado depõe e diz que os três tem culpa igual

Trio durante julgamento:Credito: Carlos Ezequiel Vannoni/ Agência Jcm/ Fotoarena
No julgamento do caso dos “Canibais de Garanhuns”, como ficaram conhecidos os crimes cometidos por Jorge Beltrão, Isabel Cristina e Bruna Cristina, o então delegado de Homicídios de Olinda e responsável pelas investigações, Paulo Berenguer, repetiu a história do crime. Após a fala dele, o júri teve um intervalo para almoço e deve retornar no começo da tarde desta quinta-feira (13).
A promotora do Ministério Público de Pernambuco (MPPE), Eliane Gaia, pediu a Berenguer que ele explicasse a cronologia do homicídio de Jéssica Camila da Silva Pereira, morta aos 17 anos em 2008. Segundo ele, Isabel recrutou a jovem – que vendia doces em sinais de trânsito em Boa Viagem – para trabalhar na casa do trio, em Olinda, como empregada doméstica por um salário maior do que o oferecido no mercado à época.
Antes de ser morta, Jéssica teria sido mantida em cárcere privado, mas ainda teria conseguido ligar para uma tia e falar de sua situação. No dia do homicídio, Isabel teria entregue uma faca a Jorge e Bruna teria golpeado a vítima com golpes de karatê, enquanto o acusado desferiu uma facada na jugular de Jéssica e ela foi degolada.
O corpo da jovem foi arrastado até o banheiro, onde foi executado um “ritual” chamado “cartel”. Após usar o chuveiro para estancar o sangue da vítima, ela foi esquartejada em quatro partes como parte do ritual macabro descrito por Jorge em seu “livro”, Revelações de um Esquizofrênico.
Isabel teria dito, durante o inquérito, que o trio procurava mulheres que “não contribuíssem para a sociedade”. A ideia deles é que elas fossem “eliminadas” como espécie de “controle social”, mas com um componente supostamente espiritual: por meio do ritual, a alma da vítima seria purificada. De acordo com o delegado, eles usaram parte do corpo que tinha mais carne e temperaram para comer como alimento normal. A comida foi dada até à criança.
A juíza Maria Segunda Gomes de Lima perguntou ao delegado se haveria um mandante do crime, mas Berenguer afirmou que não havia um líder. Segundo ele, os três teriam o desejo de cometer o crime – tanto pela vontade de ficar com a criança, quanto pelo ritual em si, onde misturavam realidade e ficção.
RELACIONAMENTOS
O delegado ainda relatou o interesse do trio de permanecer com a filha de Jéssica, que tinha pouco menos de um ano na época. Antes de assassinarem a jovem, Bruna utilizou a identidade da vítima e registrou a criança em seu nome. Jorge ficou como pai e Bruna como mãe. Atualmente, a criança está com a tia que recebeu o telefonema de Jéssica.
Em relação ao suposto triângulo amoroso, os acusados não chegaram a esclarecer o caso durante o interrogatório após a prisão. Entretanto, Jorge e Isabel viveriam juntos há 30 anos, mas sentia por ela um “amor de mãe”. Já Jorge e Bruna se conheceram durante uma aula de artes marciais, na qual ele era o professor, e eles se apaixonaram – Isabel teria aceitado que Bruna fosse morar com eles. Segundo o delegado, as informações estavam no livro de Jorge.
Chegada de Jorge Negromonte, Bruna e Isabel ao fórum de Olinda

JÚRI É SUSPENSO: JUÍZA, ADVOGADOS E PROMOTORA COMENTAM 1º DIA

A audiência desta quinta foi suspensa  por volta das 19h30min a pedido das partes. “Esse primeiro dia foi muito positivo para o Ministério Público. Houve contradições naturais nos depoimentos dos réus, mas eles confessaram todos os crimes. Eles tinham adotado a linha de não falar nada na audiência anterior, mas hoje resolveram falar e contaram as verdades deles. Tenho confiança na condenação", disse a promotora Elaine Gaia. 

“Hoje foi bom porque Bruna falou a verdade e a tese da defesa é para atenuar a pena por ela estar sendo sincera", disse o advogado dela, Rômulo Lyra. “A avaliação é positiva com a confissão dos acusados, porque a gente não tinha ouvido ainda eles. E amanhã [sexta] vou pedir a retirada de agravantes e uma semi-imputabilidade, o que reduziria a pena de Jorge, pois ele não seria um louco, como diz o laudo, mas tem histórico de esquizofrenia", comentou a defensora pública Tereza Joacy.
“Analisando e somando as informações dos depoimentos de hoje, a defesa está convicta da tese de defesa e a Isabel será inocentada. Vamos usar a tese de coação moral irresistível, que a exime da culpa, pois praticou o crime sob estado de coação, ou seja, não é responsável pelo ilícito", disse o advogado Paulo Sales.

COMPLETOU 60 ANOS: Prefeito de Garanhuns é o aniversariante do dia

Izaías Régis completa 60 anos
Quem aniversaria nesta quinta (13/11/2014) é o prefeito de Garanhuns Izaías Régis, que completa 60 anos. O chefe do Executivo está licenciado do cargo devendo retomar suas atividades próximo dia 18.  De vendedor de confeitos, passando por deputado estadual e chegando ao Palácio Celso Galvão, Izaías trilhou um caminho de sucesso em que pese as polêmicas que vem se envolvendo desde sua eleição em 2012. 

ABAIXO UM BREVE HISTÓRICO DO PREFEITO ( extraído do site da prefeitura de Garanhuns)
Izaías Régis nasceu no dia 13 de novembro de 1954, na Vila de Santa Terezinha (hoje cidade de Terezinha), município de Bom Conselho. Aos 12 anos, mudou‐se para Garanhuns, foi vendedor de confeitos, miudezas e calçados. A vida difícil, de menino pobre do interior, nunca o desanimou. Muito pelo contrário, Izaías buscou seus objetivos com esforço, trabalho e determinação. Unindo essas características comprou, em 1983, a sua primeira loja, a Iza Calçados.
Desde o inicio de sua vida empresarial, esteve ligado ao movimento lojista: foi presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Garanhuns ‐ e por esse caminho, entrou para a política. Foi eleito para deputado estadual pela primeira vez em 2002, ano marcante para sua vida, iniciando uma trajetória de muito trabalho pelo Estado. O segundo mandato como deputado estadual foi exercido de 2006 a 2010 e por último se reelegeu em 2010, renunciando ao cargo em 2013 para assumir a prefeitura de Garanhuns. Na eleição municipal Izaías obteve 34.499 votos. 

JÚRI DOS CANIBAIS DE GARANHUNS: psiquiatra é 1º a depor e diz que os três não têm doença mental

Trio conhecido como Canibais de Garanhuns chega para o júri em Olinda
Crédito: Folha de PE
Segue o julgamento de Jorge Beltrão Negromonte da Silveira, Isabel Cristina Torreão Pires e Bruna Cristina Oliveira da Silva acusados de homicídio quadruplamente qualificado, vilipêndio (violação) e ocultação do cadáver de Jéssica Camila da Silva Pereira, 17 anos, em maio de 2008. Eles também são acusados de duas outras mortes em Garanhuns, no Agreste do estado.

A promotora Elaine Gaia diz que a culpa deles é igual. “Vou pedir condenação máxima dos três. Nós temos provas suficientes para derrubar as teses de defesa. Ninguém estava obrigado a fazer nada, todos estavam livres. Se Isabel estava sendo forçada, ela tinha liberdade suficiente para procurar as autoridades oficiais, mas ela não fez isso em momento nenhum. Eles foram submetidos a testes psiquiátricos que provam que são normais”, afirmou.

A defesa de Jorge Beltrão será feita por Tereza Joacy, da Defensoria Pública, que chegou ao local pouco depois das 8h. A primeira testemunha a ser ouvida, às 10h, foi Lamartine Holanda, médico psiquiatra que analisou os três réus. A primeira testemunha a ser ouvida foi o médico psiquiatra Lamartine Hollanda Júnior, que avaliou os acusados na época em que foram presos. Ao ser questionado sobre a possível esquizofrenia de Jorge Beltrão, ele alegou que não o considerava esquizofrênico e não acredita que a doença existe. “Não cabe esse rótulo no caso dele. A observação mostrava que ele sabia o que fazia, sabia as consequências, planejava”, diz.

Em relação a Isabel Cristina e Bruna Cristina, o médico também alegou que elas não sofrem de distúrbios. “Ela [Isabel] é uma pessoa comum, sabe o que diz e o que faz. Ela sabia o que estava fazendo e busca, de algum modo, desculpas para se safar”, afirma. A próxima testemunha a depor é o delegado Paulo Berenguer.

A previsão da juíza Maria Segunda Gomes de Lima - como titular da 1ª Vara do Tribunal do Júri de Olinda, ela preside a sessão - é de que o julgamento acabe ainda nesta quinta. "É complexo porque envolve vários advogados e réus, mas é um julgamento normal, como qualquer outro. O que vai acontecer é que as provas do processo vão ser analisadas pelas partes, tanto pela defesa quanto pelo Ministério Público", explicou.

G1 PE


POPULAÇÃO SE REVOLTA NA CHEGADA DE ACUSADOS AO FÓRUM

Quando Jorge , Isabel e Bruna chegaram ao fórum de Olinda, populares  gritaram revoltados por justiça e pena máxima para o trio. Um homem inclusive acusou Jorge Beltrão Negromonte de matar o irmão dele há cerca de 20 anos.

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