Aos 38 anos de idade, mãe de 10 filhos e avó, Tatiane da Silva, moradora da periferia de Garanhuns, nunca pensou em viver uma situação tão devastadora como a que se encontra atualmente.
Sem trabalho, com o companheiro preso pela lei Maria da Penha e vivendo apenas do Bolsa Família e da generosa ajuda de algumas pessoas, ela sai diariamente pelo mato em busca de abóbora e chuchu para alimentar os filhos. “ As vezes só tem pão e jerimum, eu fico sem comer para dar aos meus filhos. Quando a gente ganha um pacote de bolacha é uma alegria dentro de casa. Eles até sabem o que é Danone, bolacha recheada, mas nunca comeram” lamenta a mãe. O caso de dona Tatiane será mostrado pelo talentoso jornalista Aurimar Ferreira no próximo sábado
Antes da pandemia do novo coronavírus ela morava de aluguel com os filhos e o marido no bairro São José, região central da cidade. Com um temporal, a casa da família desabou e ela perdeu tudo, sendo beneficiada com o auxílio aluguel da prefeitura de Garanhuns por cerca de 10 meses. “ Na gestão passada a assistente social disse que eu não tinha mais direito ao auxílio e me deram prazo de 5 dias para eu desocupar a casa. A minha sogra me cedeu um barraco de dois cômodos onde vivo até hoje” conta Silva.
A casa humilde não tem banheiro. As necessidades fisiológicas são feitas no mato. “ Aqui não temos água nem internet. Não tenho banheiro, fogão, cama, pia, armário, guarda roupa e nem colchão. Dormimos todos no chão bem juntinhos para nos esquentar. O problema são os escorpiões e os piolhos de cobra que circulam entre a gente arriscado nos picar. Para cozinhar só no fogão a lenha e para lavar roupa e beber água um vizinho deixa pegar no poço de sua propriedade” , emociona- se dona Tatiane.
Sem ajuda alguma do CRAS a mulher recorre ao Quadro Minha História, Minha Vida do programa Comando Policial da rádio 87 FM e pede socorro ao Jornalista Aurimar Ferreira para não deixar os filhos passarem fome .
6 meninas: 3,4,8,11,13 e 17 anos.
4 meninos: 1, 7, 14 e 16 anos. E o neto de 9 meses.
Para ajudar na compra de fogão, beliches e colchões
PIX: 107575268-02
Outras doações contato whatsap: 87 99922 3238
NOTA DE ESCLARECIMENTO DA PREFEITURA DE GARANHUNS
A Secretaria de Assistência Social e Direitos Humanos (SASDH) tomou conhecimento do caso da senhora Tatiane da Silva, de 38 anos, e está adotando as medidas que competem à pasta para atender as suas necessidades. O Centro de Referência de Assistência Social (Cras) não tinha ciência do seu caso pois a família morava em outra localidade na antiga residência (área do Cras Magano), e ao se mudar para a área do Cras Heliópolis não procurou a unidade para fazer novo cadastro.
Com relação ao benefício eventual do Aluguel Social, a SASDH esclarece que, como citado na matéria, o repasse foi cortado em 2018, não sendo, portanto, de competência da atual gestão. No entanto, a informação que o Cras Magano possuía, era de que a moradora havia ido para São Paulo, o que explica a perda do benefício que não é permanente, mas sim eventual e de caráter provisório, até que as famílias contempladas encontrem um novo lugar para morar.
Na visita realizada na manhã desta terça-feira (15), foi entregue cesta básica, cobertores e, a partir de agora, a senhora Tatiana, que já faz parte de alguns benefícios assistências do Governo Federal, será incluída nos Benefícios Eventuais do município, como cestas básicas mensais e acesso ao transporte interestadual - uma vez que a mesma deseja ir embora para São Paulo com a família, pois possui parentes que podem ajudá-la no local. A SASDH está realizando todo o trâmite legal para conceder o benefício que, lembrando, só é repassado em casos pontuais.