O longo esclarecimento feito pelo Secretário de Turismo de Garanhuns Matheus Martins, nem de longe encerrou a polêmica e as discussões que se travam em torno do Festival de Inverno de Garanhuns.
Depois de Daniel Coelho ter dito que a ideia de Sivaldo era cobrar ingresso e transformar o FIG em um Recifolia, foi a vez de seu aliado, o ativista Rodrigo Ambrósio bater forte no projeto. As críticas de Ambrósio foram publicadas pelo JC Online na Coluna do Jamildo.
"Uma das joias da coroa de Garanhuns, o Festival de Inverno, sempre foi uma celebração da cultura, da arte e da diversidade. No entanto, sob a administração de Sivaldo Albino, parece que até mesmo o espírito do FIG está à venda, por propostas feitas pelo próprio prefeito, que incluem o fechamento do espaço aéreo, a criação de uma polícia privada e a censura daqueles que não têm sua bênção", disse o ativista
"A prefeitura quer considerar todo o território da cidade, do chão aos céus, como parte do evento. A introdução de medidas como a necessidade de autorização especial para poder mencionar o festival na cidade parece ser uma tentativa de monopolizar e lucrar com um evento que pertence a todos os cidadãos. Isso levanta uma preocupante questão: quem manda na cidade agora, o povo ou os patrocinadores?", seguiu criticando Ambrósio
VEREADORA CRITICA PROJETO
Quem também está contra o projeto é a vereadora Fany Bernal. A parlamentar vem publicando em seus stories encartes com os dizeres: PRIVATIZAÇÃO DO FIG, NÃO. "O projeto do FIG é danoso, um dano que é difícil de mensurar. Nada ali é sobre cultura ou turismo. É sobre dinheiro mesmo. O perímetro do Fig passa ser todo o território de Garanhuns. Há multas e taxação de ambulantes, artesãos, músicos, artistas de rua, etc. Tudo vai poder ser terceirizado", disse.
As multas a que se refere a vereadora e o ativista estão contidas nos artigos 35 a 38 do projeto, que fala das penalidades para quem resolver comercializar qualquer produto no perímetro do evento sem ser patrocinador ou estar autorizado pelo Governo Municipal.
No artigo 35, por exemplo está escrito que: "instalar ou permitir que funcionem postos de vendas no perímetro do FIG sem autorização do poder público pode gerar uma multa de 9. 400 reais e a apreensão da mercadoria.
Se a empresa participar de ação no município de Garanhuns, durante o mês de ocorrência do FIG exibindo de qualquer forma, inclusive no espaço aéreo produtos e marcas dando a entender que tratam-se de apoiadores do FIG sem ser, a multa é de cem mil reais.
O PL 029/2023 que trata da municipalização e dos temas abordados acima está em discussão neste momento na Câmara Municipal de Garanhuns e deve ser aprovado.